No dia 15 de Dezembro de 2010, a Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) organizou uma visita para dar conhecer à comunicação social e, através desta, aos cidadãos, as medidas recentemente tomadas para melhorar a situação do aterro de cinzas volantes de Ka Hó e o respectivo processo de tratamento e que têm como objectivo melhor assegurar a qualidade do ambiente e a saúde dos habitantes. Pela DSPA, participaram na visita o director, Cheong Sio Kei, o subdirector, Vai Hoi Ieong, e o chefe do Centro de Gestão de Infra-estruturas Ambientais, Chan Kuok Ho. E foram convidados membros do grupo de avaliação ambiental da Associação para a Protecção Ambiental Industrial de Macau, nomeadamente o presidente da Associação, Ma Chi Ngai e o vice-presidente da Associação e coordenador do referido grupo, Mak Soi Kun. Visando melhorar os processos de tratamento de resíduos e, assim, assegurar a qualidade do ambiente e a saúde dos habitantes, nos finais do mês transacto, a DSPA instou a operadora da Central de Incineração de Macau (CIM) a que, ao proceder ao transporte das cinzas volantes para o aterro, o faça de forma fechada para evitar a dispersão destas substâncias durante o descarregamento. A DSPA decidiu também que, até à conclusão dos trabalhos de actualização da antiga unidade da CIM, os três fornos da nova unidade vão funcionar como linha de tratamento principal e os fornos da antiga unidade ficarão como reserva. Quando for necessário colocar estes em funcionamento, as cinzas volantes resultantes serão transportadas para os equipamentos da nova unidade, com vista a efectuar a solidificação conjunta das cinzas e o sequente transporte para o aterro. O aterro é tapado por lona, cuja superfície é posteriormente coberta de cimento, para evitar a dispersão das cinzas volantes aterradas. Para resolver a situação da deposição final das cinzas volantes a longo prazo, o Governo solicitou, a um organismo cientifico e a uma empresa de consultadoria, a realização de dois estudos de viabilidade, um sobre o aterro e outro sobre a fusão e a reutilização das cinzas volantes, na esperança de, no futuro, poder assegurar o seu tratamento permanente, a par do desenvolvimento sustentável de Macau. Prevê-se que o estudo possa ser concluído no início do próximo ano. A DSPA solicitou a uma empresa internacional (AECOM), com experiências neste âmbito, a instalação de um aparelho junto às instalações destas instituições para efectuar a recolha de amostras para monitorização da qualidade do ar e, com a devida concordância dos responsáveis, recolheu amostras, para posterior teste laboratorial, nas próprias instalações das instituições. Os resultados dos referidos testes serão submetidos a uma instituição de estudo científico independente (Instituto das Ciências Ambientais do Sul da China, Ministério de Protecção Ambiental), para análise. Prevê-se que os respectivos resultados possam ser obtidos ainda este mês e serão publicados posteriormente. Por outro lado, a DSPA planeia instalar um posto de monitorização permanente junto ao aterro de cinzas volantes para conhecer, em tempo oportuno, as variações dos elementos na área adjacente e publicar periodicamente os respectivos dados, com vista a elevar o grau de transparência das informações. O director da DSPA Cheong Sio Kei frisou que irá, obviamente, acompanhar os problemas ambientais a que a sociedade está atenta, procurando solucioná-los de forma permanente e eficaz com vista a aliviar as preocupações da sociedade. A DSPA continua a responsabilizar-se pelo reforço das tarefas em todos os aspectos do ambiente, auscultando seriamente as opiniões dos cidadãos com vista a aperfeiçoar as respectivas acções e, assim, melhor assegurar a qualidade do ambiente e a saúde dos habitantes. Durante a visita às instituições afectadas pela presente situação, a Direcção do Serviços de Saúde (DSS) destacou também funcionários para conhecer a situação. A DSPA e a DSS têm mantido estreita comunicação e irão criar dois grupos especializados para conhecer o eventual impacte causado por problemas ambientais nos habitantes da área circundante. Quando forem conhecidos os resultados do teste laboratorial, serão definidos os trabalhos de acompanhamento para a próxima etapa. No início do corrente ano, a DSPA solicitou ao Instituto das Ciências Ambientais do Sul da China, Ministério de Protecção Ambiental uma análise e investigação sobre o estado ambiental do aterro de cinzas volantes de Macau e os solos adjacentes. Nesse estudo, a monitorização dos solos é efectuada segundo o «Método contemporâneo de análise da monitorização ambiental» e o «Método de análise dos elementos de solos», conforme as características da produção e emissão dos poluentes, com vista a analisar e avaliar as substâncias orgânicas dos solos, as dioxinas, entre outras substâncias. Segundo os resultados da referida monitorização e análise, a concentração de substâncias metálicas respeitam a norma nacional III «Qualidade de solos» (GB 15618-1995), a concentração de dioxinas equivale 3 I-TEQ ng/kg, não ultrapassou as normas da qualidade de solos, estabelecidas no Japão (valores padrão de dioxinas = 1000 I-TEQ ng/kg), nos EUA (valores padrão de dioxinas = 1000 I-TEQ ng/kg), na Finlândia (valores padrão de dioxinas = 500 I-TEQ ng/kg) e na Nova Zelândia (valores padrão de dioxinas = 1500 I-TEQ ng/kg), o que revela que os solos adjacentes ao aterro para cinzas volantes não estão poluídos.