O primeiro-ministro Wen Jiabao indicou hoje (13 de Novembro) no discurso por ocasião da cerimónia de abertura da III Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau) que as economias da China e dos países lusófonos são altamente complementares e o reforço de laços de negócios corresponde aos interesses fundamentais de todos, salientando ainda quartos aspectos de grande importância no domínio da cooperação entre a China e os Países de Língua Portuguesa. No discurso subordinado ao tema “Promover o Desenvolvimento Comum através da Cooperação Diversificada”, Wen Jiabao sublinhou que “o Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa tem servido como uma plataforma e um elo de grande importância que visa desenvolver a cooperação amistosa e mutuamente benéfica entre a China e os países lusófonos. Com o pleno aproveitamento da vantagem única em ligar a China e os países lusófonos, o Fórum tem impulsionado o intercâmbio e a cooperação bilateral e multilateral, focalizada essencialmente na economia e comércio.” Wen Jiabao acrescentou “estar convencido de que os Planos de Acção na Cooperação Económica e Comercial a serem adoptados nesta Conferência Ministerial resultarão em muitas propostas úteis e medidas concretas. Salientou ainda quatro aspectos de grande importância, aumentar comércio bilateral, promover investimento entre as duas partes, explorar activamente novas áreas de cooperação e desempenhar plenamente o papel de plataforma de Macau, respectivamente.” O primeiro-ministro salientou que “a China e os Países de Língua Portuguesa devem abrir ainda mais os mercados entre si, conjugando esforços na oposição ao proteccionismo comercial, e trabalhar muito para aumentar o fluxo comercial para 100 mil milhões de dólares americanos até 2013. A China deseja importar ainda mais dos países lusófonos, conceder tratamento de taxas alfandegárias zero para a grande maioria das mercadorias importadas dos países de língua portuguesa da Ásia e de Africa.” Adiantou que “se deve promover o investimento bilateral e tentar alcançar uma subida substancial, com a maior brevidade. A China apoia as empresas chinesas competentes a investirem nos países lusófonos, enquanto os negócios destes na China são também bem-vindos, para benefício mútuo e ganhos compartilhados.” “A cooperação entre a China e os países lusófonos não deve ser limitada a áreas tradicionais como a economia e comércio, recursos humanos e infra-estruturas, mas tem que ser expandida para novas áreas, tais como a cooperação turística, transportes e financeira, para alem da cooperação prática na educação, cultura, saúde, desporto e os demais programas. Wen Jiabao relembrou os resultados alcançados desde a primeira edição do Fórum em 2003, quando o fluxo comercial não ia além de um pouco mais do que 10 mil milhões de dólares norte-americanos, até 2008, em que o volume subiu para 77 mil milhões, ultrapassando o objectivo de 50 mil milhões de dólares com um ano de antecedência. “Nos primeiros nove meses do corrente ano, o comércio entre a China e os países lusófono chegou aos 68,2 mil milhões de dólares norte-americanos, registando um acréscimo homólogo de 57%, demonstrando grande vitalidade. Até finais de 2009, os países lusófonos instalaram mais de 700 empresas na China, investindo acima de 500 milhões de dólares norte-americanos. E, o investimento da China nestes países também não parou de aumentar, com um volume acumulado que excedeu mil milhões de USD” destcaou o primeiro-ministro. Wen Jiabao indicou que “a cooperação entre a China e os Países de Língua Portuguesa tem vindo a estender-se, gradualmente, da economia e comércio à educação, cultura e a outras áreas, com um reforço em particular no desenvolvimento de recursos humanos. A China já organizou mais que 200 cursos e seminários de todos os géneros e treinou mais que 2100 oficiais e técnicos para os Países de Língua Portuguesa, 1400 dos quais nos últimos três anos, cumprindo os objectivos acertados na II Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau). “ Os progressos alcançados demonstram que o Fórum, além de ser uma ponte da cooperação é também uma ponte da amizade. Ele já produziu, não apenas benefícios económicos reais para ambas as partes, mas também aproximou ainda mais a China com os Países de Língua Portuguesa, aprofundou a amizade entre os povos e estreitou os laços entre os países membros. Finalmente, Wen Jiabao cita uma frase em português que diz o seguinte “a cooperação é o porto da vida” e adianta que “o desenvolvimento da cooperação económica e comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa corresponde aos interesses fundamentais bilaterais”, com votos de. que “todos os países participantes no Fórum de Macau possam seguir as tendências do tempo e a vontade dos povos.