
Realizou-se, nos últimos dias, a 11.ª reunião plenária do Conselho para os Assuntos Médicos, presidida pelo Presidente do Conselho para os Assuntos Médicos, Dr. Lo Iek Long, na qual foram apresentados os trabalhos desenvolvidos no âmbito do “Plano de Acção para Macau Saudável” (adiante designado por “Plano de acção”) e discutido o planeamento futuro. Os representantes do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças dos Serviços de Saúde esclareceram a situação do programa “Comunidade Saudável” e do programa piloto “Inquérito sobre a Saúde de Macau 2026”, no sentido de recolher as opiniões dos membros.
Na reunião, o Presidente Lo Iek Long referiu que, para se articular plenamente com as “Linhas Gerais do Planeamento da China Saudável 2030” e concretizar os objectivos globais e os diversos indicadores definidos no “Plano de acção”, Os Serviços de Saúde colaboraram activamente com os sectores sociais na realização dos trabalhos de divulgação, recolhendo as opiniões dos diferentes interessados, pormenorizando os respectivos trabalhos. Com o intuito de acompanhar a implementação do “Plano de acção”, os Serviços de Saúde lançaram, em Março, o programa “Comunidade Saudável” que, através da cooperação interdepartamental do Governo e de uma ampla colaboração com as associações dos vários sectores, se foca na promoção dos comportamentos saudáveis e na gestão proactiva da saúde, articulando-se profundamente com os programas já existentes, incluindo a adesão de 26 empresas ao programa “Empresas Saudáveis”, que beneficia mais de 100 mil trabalhadores, bem como o programa “Escola Saudável”, que abrange mais de 150 mil professores e alunos, com o objectivo de elevar o nível de saúde da população em três vertentes: quotidiano, trabalho e aprendizagem.
Ao mesmo tempo, no final de Março, foi realizado o programa piloto “Inquérito sobre a Saúde de Macau 2026” que tem como objectivo proceder aos ensaios e ajustamentos, preparar para o funcionamento do Inquérito a ser realizado no próximo ano, de modo a melhor recolher os dados sobre a saúde de Macau, assim como definir as políticas de saúde adequadas. O responsável acrescentou ainda que a “Base de formação em medicina familiar” foi oficialmente inaugurada no dia 21 de Junho, marcando o compromisso do Governo da RAEM em reforçar a rede de cuidados de saúde primários comunitários, integrando a medicina tradicional chinesa, a medicina ocidental e outras especialidades médicas, promovendo assim a “mudança de paradigma” na prevenção de doenças. A Chefe da Divisão de Promoção da Saúde do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças dos Serviços de Saúde, Dra. Wong Weng Man, apresentou o programa “Comunidade saudável” e a situação de execução sobre a promoção na gestão do peso, indicando que o Programa “Comunidade Saudável” se desenvolve em torno de duas direcções principais: a promoção de comportamentos saudáveis e a gestão proactiva da saúde. Na promoção de comportamentos saudáveis, foram aplicadas as formas de divulgação online e offline para intensificar a sensibilização generalizada sobre a saúde na comunidade. Quanto à gestão proactiva da saúde, esta foi incentivada através da optimização do ambiente favorável à saúde, como por exemplo, as ferramentas digitais de saúde que visam aumentar a consciencialização e a capacidade dos residentes na gestão da sua própria saúde. Por sua vez, a médica consultora especialista em saúde pública do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças dos Serviços de Saúde, Dra. Chan Tan Mui, apresentou o “Inquérito sobre a Saúde de Macau 2026” e o andamento do inquérito piloto, salientando que este inquérito será realizado em colaboração com especialistas do Inquérito Nacional de Saúde do Interior da China. Face às preocupações recentes da população, por exemplo o risco do cancro nasofaríngeo, foram incluídos novos itens de avaliação de audição e da aptidão física, entre outros.
Os membros presentes reconheceram os trabalhos desenvolvidos pelos Serviços de Saúde para a implementação do “Plano de acção”, especialmente no que diz respeito à promoção da saúde e à gestão da saúde, considerando que o referido Plano conseguiu mobilizar eficazmente a participação comunitária, recomendando a criação de “promotores da saúde” para reforçar a sensibilização na comunidade. Os membros manifestaram ainda concordância com a plataforma “A Minha Saúde 2.0” na gestão dos dados de saúde pessoais pelos residentes, sugerindo o alargamento da sua promoção e a implementação de um mecanismo de prémios para aumentar a taxa de utilização, contribuindo assim para a literacia em saúde de toda a população. Além disso, também se preocuparam com os trabalhos de educação para a saúde em diferentes faixas etárias, incluindo o desenvolvimento de consciencialização sobre a gestão do peso desde a infância, o reforço da educação escolar e familiar, as questões relacionadas com a sub-saúde nos estudantes do ensino superior e a segurança na prática de exercício físico por idosos. Em relação ao “Inquérito sobre a Saúde de Macau”, foram apresentadas as seguintes sugestões: Dar ênfase à representatividade proporcional de diferentes grupos profissionais na amostra aleatória; realizar acompanhamento periódico e actualização contínua da base de dados, a fim de alcançar a detecção precoce e o controlo precoce de doenças crónicas; intensificar a recolha de dados sobre bem-estar psicológico, de modo a avaliar com maior precisão o estado de saúde mental da população; melhorar o processo de inquérito para elevar a conveniência e a taxa de participação dos residentes.