De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) no 4.º trimestre de 2010, mostrados nos questionários entregues pelas empresas de Macau em Fevereiro de 2011, a duração média mensal da carteira de encomendas detidas pelos industriais inquiridos era de 3,19 meses, representando um acréscimo em relação ao trimestre anterior (2,64 meses) e ao período homólogo do ano transacto (2,18 meses). A carteira de encomendas detidas pelo sector de “Vestuário e Confecção” era de 3,47 meses e a de “Outros Sectores”, 2,65 meses. Em relação aos mercados de destino, conforme o índice geral da situação de encomendas trimestral por mercados, as empresas inquiridas consideram em geral que, os EUA, Interior da China, Canadá e países latino-americanos são, relativamente, os mercados de destino que apresentam perspectivas mais favoráveis para as exportações de Macau; porém, a situação das encomendas dos países europeus continua a ser menos positiva. No contexto das perspectivas de exportações nos próximos seis meses, o número das empresas inquiridas que antecipavam uma situação positiva diminuiu de 43,2% no trimestre anterior, para 38,4% neste trimestre (com uma descida de 4,8 pontos percentuais). Destas, 33,2% das empresas inquiridas previam um ligeiro crescimento e 5,2% previam um forte aumento nas exportações. O conjunto das empresas que antecipavam uma evolução menos favorável subiu de 21,3% no trimestre anterior para 26,4% neste trimestre, subindo 5,1 pontos percentuais. Quando comparado com o verificado no mesmo período de 2009 (20,9%), verificou-se um acréscimo de 5,5 pontos percentuais, das quais, 10,6% apontam para um ligeiro decréscimo e 15,8% para um forte declínio. Quanto às empresas que prevêem “Sem Alteração”, estas decresceram ligeiramente de 35,2% no trimestre anterior para 34,9% neste trimestre. Estes dados traduzem que a confiança das empresas em relação às exportações futuras diminuiu. O que se refere à demanda por mão-de-obra, as empresas inquiridas indicaram que o número de trabalhadores no Sector Industrial Exportador diminuiu continuamente, descendo 1,2% e 8,2% face ao trimestre anterior e ao mesmo período de 2009, respectivamente. Destas empresas, 53,8% declararam ter insuficiência de trabalhadores, sendo um nível inferior aos 55,5% e 54,8% verificados no trimestre anterior e no período homólogo de 2009, respectivamente, o que demonstra que a demanda por pessoal está ligeiramente diminuída; destacando-se a indústria de “Vestuário e Confecção”, com 54,8% das empresas inquiridas deste mesmo sector de actividades, inferior aos 58,4% do trimestre anterior, mas superior aos 47,9% verificados no período homólogo do ano passado. Segundo os resultados do Inquérito, as actividades exportadoras do 4.º trimestre de 2010, as empresas inquiridas que chegaram a enfrentar os problemas de “Preços Elevados das Matérias-Primas” e “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro” foram de 85,8% e 77,1%, respectivamente, e as que enfrentaram os problemas como “Insuficiente Volume de Encomendas”, “Salários Elevados” e “Insuficiência de Trabalhadores” foram de 47,5%, 33,3% e 28,6%, respectivamente. Além disso, das informações obtidas, 19,3% das empresas consideraram que não existem preocupações De entre os problemas que afectam as actividades de exportação, 48,1% das empresas inquiridas apontam o problema de “Preços Elevados das Matérias-Primas” como o mais importante, enquanto que 18,4% apontam para “Insuficiente Volume de Encomendas” e 7,2% para “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro”. Para os próximos três meses, as principais preocupações dos industriais inquiridos centram-se nos “Preços Elevados das Matérias-Primas” (89,3%), “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro” (74%) e “Insuficiente Volume de Encomendas” (42,8%).