De acordo com as informações de vigilância quanto às doenças infecto-contagiosas de declaração obrigatória, registaram-se em Novembro (até 21 de Novembro, pelas 17h00) 6 casos de hepatite A, número que comparado com o de meses anteriores, que variou entre 0 a 2 casos, traduz um evidente aumento. Na sequência de uma pesquisa preliminar das informações, não existe relação entre os casos, que respeitam a cinco mulheres e 1 homem, com idades compreendidas entre os 21 e 41 anos. Nenhum deles necessitou de tratamento hospitalar, não havendo casos de morte. Os Serviços de Saúde realizaram a pesquisa dos casos para confirmar a existência ou não de fonte comum de infecção. A hepatite A é causada pelo vírus da hepatite A, sendo a principal via de transmissão a via oral, por alimentos ou fonte de água contaminada pelos excrementos do doente com hepatite A, sendo uma doença infecto-contagiosa por via fecal-oral. O período de incubação é de 15 a 50 dias e a média é cerca de 30 dias. Os alimentos com alto risco incluem os bivalves mal cozidos, nomeadamente os produtos aquáticos, berbigão, ostras, amêijoas, camarões, caranguejos, e os frutos, hortaliças e água contaminados. Os sintomas frequentes incluem icterícia (a pele e os olhos tornam-se amarelados), cansaço, dor abdominal, falta de apetite, náusea, diarreia, febre e a cor da urina torna-se mais escura, existindo ainda alguns doentes que não sofrem de sintomas. Contudo, uma parte dos casos apresenta grave insuficiência hepática, que causa risco à vida. O tratamento consiste essencialmente no descanso e uma alimentação ligeira. Actualmente, existe uma vacina que pode prevenir a hepatite A e, de uma maneira geral, a utilização da mesma é recomendada quando se permanece por um longo período de tempo em locais com fraca higiene ambiental. Os Serviços de Saúde apelam aos cidadãos para prestarem atenção à sua higiene pessoal, higiene ambiental e higiene alimentar, devendo os alimentos ser bem cozinhados para poderem ser ingeridos. Os cidadãos e os trabalhadores do sector de restauração se aparecerem com sintomas de icterícia, febre e a cor da urina mais escura, entre outros, não devem ir ao serviço e devem recorrer ao médico. Para prevenir a propagação da doença, tem de adoptar-se medidas rigorosas de higiene. Lavar sempre as mãos após a utilização das instalações sanitárias, assim como tratar adequadamente os excrementos. Para mais esclarecimentos, podem recorrer ao Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde através do telefone no. 28700800.