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Implementação de medidas na passagem fronteiriça entre Cantão, Hong Kong e Macau sem data prevista |  Residentes devem vacinar-se com brevidade para criar barreira imunológica comunitária

Conferência de imprensa do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus

O Médico-Adjunto da Direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, Dr. Tai Wa Hou informou que, até ao dia 1 de Julho de 2021, nunca houve uma transmissão comunitária da COVID-19 em Macau e por 459 dias consecutivos não são registados casos locais de transmissão da COVID-19 (incluindo casos de infecção assintomática) e não houve registo de novo caso importado do exterior por quatro (4) dias concessivos.

Macau diagnosticou, até à data, cinquenta e quatro (54) casos, dos quais, cinquenta e dois (52) são casos importados e dois (2) são relacionados com casos importados. Cinquenta e um (51) pessoas tiveram alta. Não há registo de qualquer infecção entre os profissionais de saúde nem casos mortais.

No Centro Clínico de Saúde Pública de Coloane estão internadas: três (3) pessoas de infecção assintomática; uma pessoa caso diagnosticado (no exterior) de recaída de infecção assintomática; dezasseis (16) indivíduos provenientes de áreas de alto risco e 6 contactos próximos.

Entre o dia 28 e o dia 30 de Junho de 2021, foram testadas em Macau 44.291 pessoas.

Até às 16h00 de 1 de Julho, cumulativamente, já foram administradas 347.396 doses da vacina num total de 238.489 pessoas vacinadas, entre as quais, 128.167 com a primeira dose da vacina e 110.322 pessoas completaram as duas doses da vacina.

Nas últimas 24 horas, foram registados vinte e sete (27) eventos adversos (27 ligeiros; zero (0) grave), sendo dezassete (17) casos relativos à vacina inactivada da Sinopharm e dez (10) casos relativos à vacina de BioNTech mRNA. Desde o início da vacinação até ao presente momento, houve 1.492 notificações de eventos adversos (1.487 ligeiros; quatro (5) graves).

No que diz respeito às medidas que facilitam a passagem fronteiriça entre a Província de Cantão (Guangdong), Hong Kong e Macau, o Dr. Tai Wa hou explicou que ainda não há uma data prevista para o início da implementação de medidas que permitam a circulação de pessoas entre Macau e Hong Kong, mas ambos os governos já chegaram a um consenso preliminar sobre as medidas de facilitação da passagem fronteiriça.

Para já as medidas aplicam-se às pessoas que já tenham administrado as duas doses da vacina há mais de 14 dias. Na entrada em Macau, estas pessoas devem ainda possuir um teste de ácido nucleico negativo realizado há menos de 48 horas, sendo submetidos, posteriormente a vários testes de ácido nucleico após o regresso a Macau.

O Médico-Adjunto da Direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário acrescentou que, o código de saúde destas pessoas passará a ser de cor azul, e há certas restrições na deslocação destas pessoas, tais como, estadia em andares de determinados hotéis, proibição na participação em actividades ou aglomeração sem o uso de máscaras, bem como a proibição de entrada aos estabelecimentos tais como bares, salas de dança, Estabelecimentos de Karaoke.

Além disso, o plano de passagem fronteiriça entre Hong Kong e Macau será adoptado em regime de quotas e serão implementados de forma faseada e por requisição prévia. A forma como se irá operar esta situação será anunciada oportunamente. O médico ainda referiu que não há relação entre as medidas de deslocação a Hong Kong dos residentes de Macau e as medidas de entrada a Macau dos residentes de Hong Kong, e o plano de passagem fronteiriça concreto em Hong Kong será anunciado pelo governo daquela região.

Sobre o dia em que começam a ser calculados os dias para inicio do plano de passagem fronteiriça entre Hong Kong e Macau, o Dr. Tai Wa Hou frisou que, de acordo com a actual situação epidémica de Hong Kong, caso não aconteça um caso local de origem desconhecida, em princípio, os casos relacionados com casos importados ou os casos de origem desconhecida não causam a propagação na comunidade, o plano de medidas que facilita a passagem fronteiriça 14 dias sem os novos casos pode ser implementado se não houver ocorrência destes casos. Macau necessita, ainda de discutir com Hong Kong quando é que começa o cálculo dos 14 dias e essa situação será anunciada com a maior brevidade possível.

Por outro lado, relativamente às medidas que facilitam a passagem fronteiriça entre a Província de Cantão (Guangdong) e Macau, o Dr. Tai referiu que a autoridade está a negociar com a Província de Cantão (Guangdong) as vertentes de técnicas, acredita-se que irá ser anunciado o plano concreto em breve.

No que diz respeito à criação da imunidade colectiva na sociedade, o mesmo responsável referiu que, nos últimos dias, entre cinco e seis mil pessoas foram vacinadas contra a COVID-19, o que representa um aumento significativo em relação ao número anteriormente registado. Até agora, a taxa de vacinação em Macau chegou aos 35%, se se calcular com base na população-alvo com idade superior a 12 anos, a taxa de vacinação chega a 40%. No entanto, de acordo com os estudos, só que pode estabelecer uma barreira imunológica quando mais de 70% das pessoas estiverem vacinadas pelo que, mais uma vez, apela-se ao público para que se vacine contra a COVID-19 o mais rápido possível.

A Dr.ª Leong Iek Hou apontou que, entre o dia 28 e o dia 30 de Junho de 2021, foram submetidos a observação médica 309 indivíduos, dos quais, 150 residentes de Macau e 159 não residentes de Macau. No total, até ao dia 30 de Junho de 2021, foram enviados para a observação médica 41.086 indivíduos. Há, ainda, 1.969 indivíduos em observação médica, dos quais, 21 indivíduos alojados em instalações dos Serviços de Saúde, 1,948 indivíduos em hotéis designados.

Sobre a necessidade de alguns indivíduos que regressam do exterior para Macau esperarem 12 horas após chegada a Macau para serem encaminhados para um hotel de isolamento, a Dr.ª Leong Iek Hou disse que a partir do último sábado as medidas de controlo sanitário foram alteradas, ou seja, o local para os testes e investigação passou do aeroporto para o Terminal Marítimo de Passageiros da Taipa, nesse dia, o processo de transposição não correu bem, e no mesmo dia foi registado o 54.º caso confirmado, razões que levaram a uma demora na investigação e na implementação de medidas. Todos os serviços públicos analisaram o processo de controlo sanitário, sendo actualmente melhorada a operação geral e reduzido o tempo para as medidas de controlo sanitário.

Sobre a preocupação manifestada por alguns jornalistas sobre a transmissão do vírus variante Delta em todo o mundo e quais as medidas que o Governo poderá implementar a Dr.ª Leong Iek Hou adiantou que, após a estabilização da epidemia, o Governo da RAEM tem insistido no princípio de “Prevenir casos importados e evitar o ressurgimento interno”, preparando-se bem para os trabalhos antiepidémicos em seguintes aspectos:

1) Ajustar atempadamente as medidas de entrada nos postos fronteiriços em resposta à situação epidemiológica global e, ao mesmo tempo, verificar os diversos aspectos das medidas de entrada, por exemplo, se a formação do pessoal é suficiente ou não, no sentido de minimizar o risco de infecção;

2) Fazer revisão dos trabalhos de controlo de infecção em hotéis de observação médica;

3) Exigir às pessoas com febre de causas desconhecidas e os internados para os testes de ácido nucleico, com vista a atingir os fins de detecção precoce, reduzindo os riscos de propagação intra-hospitalar;

4) Monitorizar a evolução epidémica em todo o mundo e nas regiões vizinhas, ajustando atempadamente as medidas de entrada no Território;

5) Reservar capacidade para realização do teste de ácido nucleico para toda a população, e efectuar os respectivos trabalhos, se necessário, conforme o programa de prevenção e controlo com mais precisão contra a epidemia, baseado em zonas e níveis, com a maior rapidez possível;

6) Continuar a aperfeiçoar a capacidade de vacinação.

A Dr.ª Leong Iek Hou sublinhou que a vacinação é a medida mais eficaz e eficiente contra a COVID-19. Após a vacinação, é possível reduzir os riscos de infecção, doença grave ou morte, apelando aos residentes para vacinar-se com a maior brevidade possível, criando em conjunto uma barreira imunológica comunitária.

Quanto à situação mais actualizada dos indivíduos que permaneceram no Aeroporto Baoan de Shenzhen, entre os dias 10 e 18 de Junho, devem ser submetidos ao teste de ácido nucleico, Leong Hou indicou que 59 residentes de Macau comunicaram a sua presença no aeroporto em causa, 55 destes já concluíram três ou cinco testes de ácido nucleico, e os seus códigos de saúde passaram a ser verdes. Quatro pessoas mantêm o Código de Saúde amarelo ou vermelho, por não terem completado o teste.

A Chefe da Divisão de Relações Públicas da Direcção dos Serviços de Turismo, Dr.ª Lam Tong Hou, reportou o número de pessoas em observação médica em hotéis designados, respondendo as perguntas de jornalistas. O Chefe da Divisão de Relações Públicas do Corpo de Polícia de Segurança Pública, Dr. Lei Tak Fai, relatou a actual situação da cidade e a situação de entradas e saídas de Macau, respondendo as perguntas de jornalistas.

Estiveram presentes na conferência de imprensa: o Médico-Adjunto da Direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, Dr. Tai Wa Hou, a Chefe da Divisão de Relações Públicas da Direcção dos Serviços de Turismo, Dr.ª Lam Tong Hou, o chefe da Divisão de Ligação entre Polícia e Comunidade e Relações Públicas, Dr. Lei Tak Fai e a Coordenadora do Núcleo de Prevenção de Doenças Infecciosas e Vigilância de Doença do Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde, Dr.ª Leong Iek Hou.

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