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Chefe do Executivo garante implementação progressiva do planeamento e construção conjunta de um bom lar
O Chefe do Executivo, Chui Sai On, apresentou, hoje (dia 15 de Novembro), o Relatório das Linhas de Acção Governativa para o Ano Financeiro de 2017 sublinhando que um dos objectivos principais será o aperfeiçoamento do sistema de segurança social e implementação das medidas em benefício do bem-estar dos cidadãos. Reiterou a prioridade do governo aos trabalhos directamente ligados à vida dos cidadãos, e prometeu continuar a empenhar todos os esforços na implementação de medidas em prol do bem-estar da população, no aperfeiçoamento do regime de garantias para a vida dos cidadãos, na melhoria da qualidade de vida da população e na materialização da partilha dos frutos do desenvolvimento económico. Garantiu que em 2017 será mantido, de acordo com o mecanismo de avaliação, o valor do índice mínimo de subsistência em 4.050 patacas, e será dada continuidade ao Plano de Apoio Alimentar de Curto Prazo. Entretanto, relativamente ao apoio aos idosos, os valores da Pensão para Idosos e do Subsídio para Idosos, respectivamente em 3.450 patacas e em 8.000 patacas, manter-se-ão iguais. Assegurou a continuidade da concessão, por ano lectivo, de apoios financeiros aos estudantes provenientes de famílias com dificuldades económicas, nomeadamente o «subsídio de aquisição de material escolar» e o «subsídio de alimentação». Referiu a continuidade à concessão do subsídio de propinas para cada estudante qualificado de Macau que frequente o ensino secundário complementar, e para cada estudante qualificado de Macau que frequente o ensino infantil em algumas cidades da Província de Guangdong, alargando a cobertura geográfica do subsídio para integrar as cidades de Shenzhen e de Dongguan. Acrescentou que Governo continuará a apoiar as pessoas com baixos rendimentos, dando continuidade à concessão da subvenção de rendimentos, até ao montante mensal de cinco mil patacas, aos trabalhadores por conta de outrem, a tempo inteiro, com baixos rendimentos e que reúnam os requisitos. Prometeu continuar a dinamizar o «Projecto de Serviço sobre Vida Positiva e o Plano de Apoio Comunitário ao Emprego», a fim de elevar o nível de independência dos indivíduos em situação vulnerável. Lembrou o empenho do governo em melhorar a vida de pessoas portadoras de deficiências, assegurando-lhes a igualdade de participação na vida social e demonstrando-lhes carinho. Adiantou que, no próximo ano, serão mantidos os montantes anuais do Subsídio de Invalidez Normal e do Subsídio de Invalidez Especial respectivamente em oito mil patacas e 16 mil patacas, bem como o montante mensal do Subsídio Provisório de Invalidez em 3.450 patacas. E comunicou que será concedida, aos empregadores de trabalhadores deficientes, a dedução à colecta do imposto complementar de rendimentos ou do imposto profissional, no valor de cinco mil patacas por cada um desses trabalhadores contratados. O mesmo responsável garantiu a intenção de manter, em 2017, o «Programa de Comparticipação Pecuniária», com a atribuição do montante de nove mil patacas a cada residente permanente e do montante de 5.400 patacas a cada residente não permanente. Referiu ainda que, de acordo com a lei que regula as «Contas Individuais de Previdência», cada residente permanente de Macau qualificado tem direito a uma verba de activação de dez mil patacas, injectada pelo Governo na sua conta individual, e continuar-se-á a injectar na conta individual de cada residente uma verba adicional de sete mil patacas, proveniente do saldo orçamental. Chui Sai On revelou que será lançada a terceira fase do «Programa de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento Contínuo», devidamente aperfeiçoado, com a duração de três anos, concedendo a cada residente de Macau que complete 15 anos de idade o respectivo subsídio do aperfeiçoamento contínuo no montante de seis mil patacas. Como também será mantido o «Programa de Comparticipação nos Cuidados de Saúde», com o valor de 600 patacas para cada residente permanente de Macau. Garantiu a continuidade à atribuição da subvenção do pagamento das tarifas de energia eléctrica às unidades habitacionais, no montante de 200 patacas mensais por cada unidade habitacional. O Chefe do Executivo disse que se prosseguirá com adopção de medidas de redução e isenção fiscal, «designadamente a manutenção em 600 mil patacas do valor da matéria colectável a beneficiar de isenção de imposto complementar de rendimentos; a isenção do pagamento da contribuição industrial, da taxa de licença de exploração dos vendilhões, da renda das bancas dos mercados, da taxa de inspecção sanitária dos produtos frescos e animais vivos, do imposto do selo sobre as apólices de seguro, incluindo o seguro de vida e do imposto do selo sobre as operações bancárias; a isenção da taxa da licença de reclames e tabuletas das unidades comerciais; a isenção do imposto de turismo dos estabelecimentos de restauração; a isenção da contribuição predial urbana para residentes de Macau até 3.500 patacas». Afiançou que os residentes permanentes de Macau que não possuam imóveis e que venham a adquirir a primeira habitação continuarão a beneficiar da isenção do pagamento do imposto do selo sobre a transmissão do imóvel relativamente à respectiva unidade habitacional, até três milhões de patacas do valor da propriedade. Mencionou a manutenção da redução em 30 por cento no imposto profissional, com o limite de isenção em 144 mil patacas, e que o Governo prorrogará a medida de devolução de 60 por cento do imposto profissional referente ao corrente ano aos residentes de Macau que efectuaram o pagamento do imposto, com o limite máximo de devolução de 12 mil patacas, a ter lugar em 2018, aliviando assim o encargo do grupo social de rendimentos médios. Informou que o Governo está empenhado na construção de uma estratégia de desenvolvimento demográfico completa, na promoção da harmonia familiar, na salvaguarda da saúde das mulheres e das crianças, na promoção de nascimentos saudáveis e de um aumento da taxa de natalidade, reiterando que, em 2017, serão proporcionadas mais de sete mil vagas nas creches destinadas às crianças de dois anos de idade. Asseverou que o Governo continuará a orientar a sociedade para que enfrentem juntos a problemática do envelhecimento, e que nas ilhas criarão as primeiras instalações integradas para a prestação de cuidados a idosos. Anunciou a construção de uma «Macau Saudável» e a melhoria da qualidade da saúde, a optimização da rede dos cuidados de saúde primários, o reforço da cooperação e da complementaridade com as instituições privadas de saúde e sem fins lucrativos, com vista a elevar a qualidade dos serviços médicos. Revelou a intenção de aperfeiçoar o processo de gestão de saúde personalizado, e implementar o programa piloto sobre o «Sistema de Registo de Saúde Electrónico», bem como aperfeiçoar a avaliação integrada sobre o desenvolvimento infantil, e criar uma base de dados que permita identificar os obstáculos ao desenvolvimento infantil e acompanhar o trabalho legislativo referente ao «Regime legal da qualificação e inscrição para o exercício da actividade dos profissionais de saúde». Assegurou a conclusão da construção de uma «Plataforma das Orientações de Educação para a Saúde dos Alunos dos Ensinos Primário e Secundário de Macau». Entretanto, quanto ao aperfeiçoamento do sistema de ensino e celeridade na formação de talentos, referiu o «Regime do Ensino superior», a revisão intercalar da «Política de Juventude de Macau» e ainda o reforço do intercâmbio na China interior com base no êxito do «Programa Mil Talentos». Salientando a implementação da estratégia prioritária da formação de talentos, nomeadamente a formação de elites, de quadros qualificados e especializados, e de quadros técnico-profissionais. Anunciou ainda o estabelecimento de um programa de formação de quadros profissionais de língua portuguesa, e o projecto «Financiamentos Especiais para a Formação de Quadros Qualificados Bilingues em Chinês e Português e para a Cooperação do Ensino e da Investigação das Instituições do Ensino Superior de Macau», sublinhando que se irá impulsionar e apoiar o desenvolvimento profissional de quadros qualificados nos diversos sectores, e também desenvolver o estudo da procura de talentos no sector financeiro e no sector da construção. Durante a apresentação das linhas de acção governativa, o Chefe do Executivo destacou ainda que para se construir Macau como um lar feliz para toda a população é necessário definir uma estratégia de desenvolvimento urbano e elaboração do plano director urbanístico, e que o Governo irá, de acordo com a «Estratégia de Desenvolvimento Urbano», proceder à elaboração do plano director urbanístico, prometendo a sua conclusão para 2019. No seu discurso referiu que, no próximo ano, e persistindo na renovação urbana, o Governo iniciará, em simultâneo, os trabalhos em duas grandes áreas, e irá acelerar o planeamento dos novos aterros urbanos e do desenvolvimento de algumas das suas zonas, e procurará concluir, no ano de 2017, as obras do aterro da Zona A. Tendo sempre em mente o reforço da garantia do bem-estar e melhoria da qualidade da habitação, disse que o Governo prosseguirá com a política de habitação pública, com o intuito de elevar a eficácia e o rigor do circuito de atribuição. Revelou que a curto e médio prazo, se irá construir um total de cerca de 12.600 fracções de habitação pública, que abrangem a construção, já planeada, de 4.600 fracções e o projecto de habitação pública na Avenida Wai Long, na Taipa, cujo plano arrancará no próximo ano, prevendo a construção de mais de oito mil fracções e respectivas instalações sociais. A longo prazo está planeada a construção, na Zona A dos novos aterros urbanos, cerca de 28 mil fracções de habitação pública. Frisou que, no próximo ano, será concluído o relatório final relativo ao estudo sobre a procura de habitação pública em Macau, bem como a obra do centro de actividades comunitárias localizado nas habitações públicas de Seac Pai Van. Prometeu que o Governo irá acompanhar, em tempo oportuno, a apreciação e aprovação dos projectos de edifícios privados destinados a habitação, promovendo o desenvolvimento saudável do mercado imobiliário. Relativamente à optimização do sistema de trânsito e facilitação da mobilidade, mencionou a relevância que tem para o governo a atenuação do problema de trânsito e, por isso, continuará a melhorar a rede de autocarros com quatro tipos de carreiras: as rápidas, as que circulam apenas nas vias principais, as normais e as de ligação. Lembrou que a partir do próximo ano, 100 táxis especiais entrarão gradualmente em circulação. Garantiu a execução rigorosa da política de controlo de veículos, a entrada em funcionamento de quatro auto-silos públicos, como a criação do Sistema de Gestão e Inspecção das Instalações Rodoviárias, e a regularização das autorizações para obras viárias, no sentido de efectuar um controlo mais rigoroso dos prazos de execução das obras. «Serão basicamente concluídas, neste ano, as obras de infra-estruturas da Linha da Taipa do Metro Ligeiro. Em seguida, iniciar-se-á a fase de instalação dos equipamentos electromecânicos», acrescentou Chui Sai On. Reiterou o empenho do governo em concluir a concepção da quarta ponte Macau-Taipa no próximo ano, e, posteriormente, arrancar com o início das obras, referindo ainda que o Terminal Marítimo de Passageiros da Taipa entrará em funcionamento no primeiro semestre de 2017. Fez questão de abordar o empenho na construção da cidade inteligente e melhoria eficaz da gestão urbana, de referir que, no próximo ano, se iniciará o estudo sobre «Estratégias de Desenvolvimento e Planeamento Geral de Publicitação dos Dados do Governo da RAEM», que será lançada a «Base de Dados Estatísticos sobre Turistas». Não esqueceu o reforço da segurança pública de Macau, nem de anunciar a conclusão da construção das novas instalações do Centro de Operações de Protecção Civil que funcionará 24 horas por dia, com o objectivo de elevar a capacidade de resposta no âmbito das operações conjuntas. Indicou a introdução de um novo sistema automático para viaturas, bem como anunciou que o Governo está em negociações com o Interior da China relativamente à construção de uma comporta de marés, e que, no próximo ano, será construída uma estação de águas pluviais no norte do Porto Interior de Macau. Comprometeu-se em concluir a construção do novo Mercado Abastecedor de Macau e do complexo municipal do Mercado do Patane. O Chefe do Executivo lembrou a importância de valorizar a protecção ecológica e reforçar o aperfeiçoamento das medidas de protecção ambiental, e nesse sentido prosseguir com a política «Redução de resíduos a partir da fonte e recolha selectiva de resíduos recuperáveis» e a necessidade de implementar novas normas relativas aos valores-limite das emissões de gases de escape poluentes dos veículos, com a introdução e promoção do uso de veículos eléctricos. Mostrou a intenção de concluir a elaboração do «Plano de Gestão de Resíduos Sólidos de Macau», e rever a «Lista dos tipos de projectos sujeitos à avaliação de impacto ambiental», bem como dar início à elaboração dos diplomas legais relativos à redução de resíduos. Referiu ainda a conclusão, no próximo ano, das obras de construção da rede de gasodutos nas áreas urbanas do COTAI. Por último, no que diz respeito à protecção do desenvolvimento da multicultura e empenho na promoção da harmonia entre diferentes comunidades, Chui Sai On sublinhou que, em cumprimento da Lei de Salvaguarda do Património Cultural, o Governo está empenhado na salvaguarda do Centro Histórico classificado de interesse cultural relevante e das respectivas zonas de protecção, certificando que, no próximo ano, será concluída a elaboração do Plano de Salvaguarda e de Gestão do Centro Histórico de Macau, prometendo que parte dos edifícios antigos será transformada em galerias de exposições, com vista a melhorar e a ampliar os espaços culturais. Comprometeu-se em implementar, no próximo ano, o Programa de Subsídios à Arte da Comunidade, e garantiu que o Governo valoriza e reconhece, respeita e protege a sua cultura macaense.
Video:CE apresenta Relatório das LAG para 2017
Exposição “O Mundo a Cor e Tinta – Colecção de sentimentos de Huangshan e Jingdezhen em exposição” inaugura na próxima Terça-feira
Organizada pelo Instituto Cultural (IC), a exposição “O Mundo a Cor e Tinta – Colecção de sentimentos de Huangshan e Jingdezhen em exposição” será inaugurada no dia 22 de Novembro (Terça-feira), pelas 18:00 horas, a ter lugar no Acesso à Fortaleza do Monte, exibindo obras dos 11 artistas de Macau que viajaram até a Huangshan na província de Anhui e Jingdezhen. na província de Jiangxi para desenvolverem trabalhos ao vivo. A entrada é livre e todos são bem-vindos a visitar a exposição. Através da criatividade, os artistas expressam as suas emoções mais genuínas e transmitem, através da arte, o que viram e ouviram. As suas obras retratam as paisagens espectaculares de Huangshan e de Jingdezhen. Os artistas de Macau viajaram até a Huangshan, na província de Anhui, e Jingdezhen, na província de Jiangxi, para participarem em actividades de intercâmbio de desenho, pintura e caligrafia. A exposição apresenta um total de 33 peças (conjunto), nomeadamente de pintura chinesa, pintura ocidental e caligrafia, tendo sido seleccionadas três peças por cada artista. Além disso, as pinturas experimentais sobre porcelana de Jingdezhen dos artistas, criadas durante a sua viagem inspiradora a Huangshan e Jingdezhen são também mostradas pela primeira vez na exposição. Esta exposição é uma extensão da Exposição Colectiva de Artistas de Macau, a qual promove a participação dos artistas num programa de intercâmbio e realização de exposições em diferentes províncias do Interior da China, com o objectivo de facilitar o intercâmbio artístico entre os círculos artísticos de Macau e de outras regiões, e ajudar os artistas de Macau a ampliarem os seus horizontes no campo da arte. A exposição “O Mundo a Cor e Tinta – Colecção de sentimentos de Huangshan e Jingdezhen em exposição” estará patente ao público, entre 23 e 30 de Novembro 2016, a ter lugar no Acesso à Fortaleza do Monte (Endereço: Caminho dos Artilheiros/Travessa dos Artilheiros, Macau) e está aberto ao público diariamente das 7:00 às 19:00 horas. A entrada é livre. Para mais informações sobre a exposição, é favor contactar o IC através do telefone n.º 8988 4000, durante o horário de expediente.
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Inscrições para o Programa de Apoio à Produção Cinematográfica de Longas Metragens 2016 a partir de hoje
O Instituto Cultural (IC) lança o Programa de Apoio à Produção Cinematográfica de Longas Metragens 2016 a partir de hoje. Todos os cineastas nas áreas de criação e produção de Macau podem inscrever-se e as inscrições estão abertas até ao dia 30 de Dezembro de 2016. Cada filme seleccionado poderá receber um subsídio no montante máximo de MOP1.500.000,00 (um milhão e quinhentas mil patacas). O Programa de Apoio à Produção Cinematográfica de Longas Metragens 2016 visa promover continuamente o desenvolvimento da indústria cinematográfica de Macau, fomentar talentos de cinema locais, melhorar a capacidade de produção da indústria cinematográfica local, incentivar os cineastas a envolverem-se na produção cinematográfica de longas metragens, bem como criar mais obras cinematográficas locais criativas. Os candidatos ao Programa devem ser portadores de Bilhete de Identidade de Residente da RAEM válido e ter idade igual ou superior a 18 anos, devendo também ter no seu currículo a realização ou produção de, pelo menos, uma longa-metragem com duração não inferior a 80 minutos ou de duas curtas metragens (de ficção) com duração superior a 20 minutos cada já exibida(s) publicamente. A análise das candidaturas far-se-á em duas fases. Na Selecção Inicial, após a análise de toda a documentação apresentada, o júri irá seleccionar um máximo de dez candidatos para que irão passar para a segunda fase, com base em cinco critérios como o conteúdo e a criatividade do argumento apresentado na sinopse do guião, a capacidade do candidato e da equipa para implementar o projecto, a viabilidade do projecto de produção, o grau de perfeição do projecto e a racionalidade orçamental. Na Segunda Fase de Selecção, o júri procederá à análise da documentação apresentada, de acordo com três critérios como a capacidade do candidato e da equipa para implementar o projecto, a integridade do argumento (guião) completo e a viabilidade da proposta de promoção e marketing, seguindo-se por fim uma entrevista pessoal com o realizador/produtor candidato e os membros da sua equipa de produção, bem como a revisão da apresentação do projecto do candidato, a fim de seleccionar os candidatos finais. Serão seleccionados um máximo de quatro beneficiários e cada um poderá receber um apoio financeiro correspondente a 70% dos custos totais previstos do projecto aprovado, no montante máximo de MOP1.500.000,00 (um milhão e quinhentas mil patacas), o qual será utilizado para cobrir os custos de produção, promoção e marketing do filme. As informações, regulamento e formulários sobre o Programa de Apoio à Produção Cinematográfica de Longas Metragens 2016 podem ser descarregados na página electrónica do IC (www.icm.gov.mo/pt/CCI-Subsidy) ou no Website das Indústrias Culturais e Criativas de Macau (www.macaucci.com). Os candidatos devem entregar todos os documentos necessários, dentro do prazo designado, na Divisão de Planeamento e Desenvolvimento das Indústrias Culturais e Criativas do Instituto Cultural (Av. da Praia Grande n.º 567, Edif. BNU, 12º andar A-D, Macau). Para mais informações, é favor contactar o Sr. Leong ou o Sr. Chong, através do telefone n.º (853) 2892 4040, durante o horário de expediente.
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Relatório das Linhas de Acção Governativa para o Ano Financeiro de 2017 —Conclusão
Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, A construção conjunta de um bom lar e a fruição conjunta de uma vida melhor são um percurso histórico de glória, mas cheio de desafios, pelo que devemos manter uma atitude de confiança, assumindo com coragem as nossas responsabilidades, para que possamos, por um lado, resolver os problemas encontrados e, por outro lado, elaborar e definir de melhor forma os planos para atingir, segura e gradualmente, os objectivos de longo prazo. Com o apoio do Governo Central, iremos valorizar, em conjunto com a toda a população, as vantagens do princípio “um País, dois sistemas”; iremos aproveitar as nossas vantagens e características, no âmbito das estratégias gerais do País, bem como as oportunidades resultantes do desenvolvimento do País, estreitar a cooperação Guangdong-Macau e desenvolver a cooperação com outras regiões; empenhar-nos-emos na estratégia de desenvolvimento “Uma Faixa, Uma Rota” do País para promover gradualmente a construção de “Um Centro, Uma Plataforma”, e promoveremos a diversidade da economia e a concretização do desenvolvimento contínuo de Macau a longo prazo. Através da tradição de excelência “amar a Pátria e Macau”, está instituído o sentido de pertença nacional dos cidadãos de Macau, promovendo-se a harmonia e solidariedade social. Deveremos, assim, desenvolver este espírito, em conjugação de esforços com os cidadãos de Macau, para a construção de um bom lar. Devemos valorizar plenamente o sentido de iniciativa e de inovação dos diversos sectores sociais, e reunir consensos e a sabedoria da sociedade. Incentivaremos e daremos apoio, aos jovens, na realização dos seus sonhos, criando condições e espaços para o seu crescimento e desenvolvimento, e às mulheres, na participação nos assuntos sociais; iremos promover a função de ponte de ligação dos chineses ultramarinos, quer com o interior, quer com o exterior, com vista à partilha por toda a população dos frutos do desenvolvimento resultantes dos contributos que deram para a construção conjunta de um bom lar. Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, Com as perspectivas materializadas em planos e com os objectivos definidos, bem como com o apoio do Governo Central e a participação de todos os cidadãos, estamos confiantes e encorajados para ultrapassar as dificuldades no aproveitamento das oportunidades que nos são oferecidas, cumprindo as nossas responsabilidades sociais e as missões históricas. Finalmente, gostaria de dirigir os meus sinceros agradecimentos a esta Assembleia Legislativa, a todos os cidadãos e à equipa de trabalhadores da Administração Pública pelo grande apoio dado ao Governo da RAEM no ano que passou, como também ao Governo Central e respectivas instituições estabelecidas em Macau pelo grande apoio que têm vindo a proporcionar ao desenvolvimento da RAEM. Dou por terminada a minha intervenção. Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, Os meus agradecimentos.
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Linhas e objectivos da acção governativa do Governo da RAEM para o ano 2017 — 4. Aumento da eficiência dos serviços públicos prestados
A implementação do Plano Quinquenal da RAEM possibilitará ao Governo aumentar o efeito das sinergias interdepartamentais e a sua capacidade governativa. O Governo incumbiu o Instituto Politécnico de Macau, como terceira entidade de avaliação e verificação deste Plano, para proceder à sua análise, numa perspectiva profissional e neutra, tendo em consideração os reflexos a nível social e as opiniões da população. O Governo irá, também, reforçar a organização de reuniões conjuntas de trabalho dos serviços públicos, destinadas à verificação da concretização do Plano Quinquenal da RAEM, permitindo, assim, proceder-se atempadamente ao ajustamento consoante o equilíbrio geral e a mudança conjuntural, entre outros factores. Iremos persistir firmemente no princípio “governar com diligência para o povo”, promover a estratégia governativa de “racionalização de quadros e simplificação administrativa”, aprofundar a reforma da Administração Pública e aumentar a capacidade governativa e a qualidade dos serviços públicos prestados. (1) Promoção do ajustamento da estrutura da Administração Pública e aperfeiçoamento do regime dos trabalhadores da função pública Com base nos resultados da 1.ª fase da reorganização de funções e estruturas, o Governo irá implementar a 2.ª fase do plano de reorganização, que terá uma duração de três anos, ajustando, nomeadamente, as funções dos serviços públicos da área da economia e finanças e da área de transportes e obras públicas. Em simultâneo, será dado início ao estudo e análise dos critérios da configuração da estrutura orgânica da Administração Pública e da distribuição de competências e dos respectivos mecanismos complementares das estruturas de diferentes níveis. O Governo irá elaborar, no próximo ano, nos termos da Lei Básica de Macau, a proposta para a criação de órgãos municipais sem poder político e a respectiva proposta de lei. Iremos optimizar a intervenção dos organismos consultivos, aperfeiçoando os canais que possibilitam a participação da população nos assuntos sociais. No próximo ano, será efectuada a reestruturação dos organismos consultivos das diferentes áreas, nomeadamente, da economia, da protecção dos direitos e interesses dos consumidores e de transportes e obras públicas. A acção governativa depende dos esforços e da dedicação dos trabalhadores da Administração Pública. Após a auscultação das opiniões e sugestões das associações dos trabalhadores dos serviços públicos e da Comissão de Avaliação das Remunerações dos Trabalhadores da Função Pública, o Governo irá propor, em Janeiro do próximo ano, a actualização do valor do multiplicador indiciário para 83 patacas; para além disso, no intuito de reforçar as medidas de carinho aos trabalhadores dos serviços públicos, o subsídio de residência será ajustado para um valor correspondente a 40 pontos do índice salarial, sendo a respectiva proposta de lei remetida à Assembleia Legislativa. O Governo promoverá o aperfeiçoamento do regime da função pública. O Governo irá controlar o número total de trabalhadores da Administração Pública, sem prejuízo de garantir a prestação de serviços públicos de qualidade. Continuaremos a implementar os trabalhos de avaliação do desempenho do pessoal de direcção, no sentido de concretizar e reforçar o regime de responsabilidade dos dirigentes. O Governo empenhar-se-á no desenvolvimento do Governo Electrónico e na optimização do circuito de trabalho interdepartamental, a fim de elevar a qualidade e a eficiência dos serviços públicos prestados. O actual mandato da 5.ª Assembleia Legislativa terminará em 2017, e em cumprimento da Lei Eleitoral para a Assembleia Legislativa e com base no princípio basilar “equidade, justiça e transparência”, serão envidados esforços para garantir que as eleições para a 6.ª Assembleia Legislativa sejam realizadas com sucesso. Em simultâneo, o Governo promoverá, de forma ordenada, o desenvolvimento político democrático, e empenhar-se-á, nos termos da lei, na salvaguarda das liberdades de imprensa, de edição e de expressão. (2) Aperfeiçoamento contínuo do quadro normativo e reforço contínuo da construção do Estado de Direito Em articulação com o desenvolvimento socio-económico, continuaremos a promover a construção do sistema jurídico. Em 2017, iremos acompanhar os trabalhos legislativos sobre a recensão e a adaptação legislativa e dar prioridade ao tratamento das propostas de lei relativas aos assuntos do bem-estar da população e das leis fundamentais. Iremos apoiar a construção das instalações de software e hardware dos órgãos judiciais, melhorando o seu ambiente de trabalho. Será reforçada a aprendizagem dos estagiários que concluírem o Quinto Curso e Estágio de Formação para Ingresso nas Magistraturas Judicial e do Ministério Público, de modo a consolidar os seus conhecimentos jurídicos especializados e experiência social. Após a conclusão da revisão do Estatuto dos Notários Privados, serão realizados cursos de formação para ingresso na carreira de notários privados, a fim de responder às necessidades da sociedade e elevar a qualidade dos serviços de notariado. Com base na Lei Básica de Macau, iremos empenhar-nos nos assuntos de direito internacional e no reforço da colaboração judiciária a nível internacional. O Comissariado Contra a Corrupção desempenha as suas funções em obediência à lei, salvaguardando os interesses públicos da RAEM e os direitos e interesses dos cidadãos. No próximo ano, será implementado, de forma faseada, o “Plano de Construção Conjunta da Integridade”, destinado aos serviços públicos, às entidades privadas e às associações e estabelecimentos de ensino, promovendo a construção de uma sociedade íntegra. Serão promovidas diversas acções de sensibilização sobre a integridade, destinadas a reforçar a consciência de integridade e pelo cumprimento da lei dos trabalhadores da Administração Pública e dos cidadãos. Por ocasião das eleições para a Assembleia Legislativa de 2017, serão promovidas acções de sensibilização sobre eleições íntegras. O Comissariado de Auditoria prosseguirá os princípios da legalidade e da independência na execução das acções de auditoria, no sentido de aperfeiçoar a gestão interna e os circuitos de trabalho. Será alargado o âmbito de auditoria através da utilização de técnicas modernas, com vista a promover junto dos serviços públicos o cumprimento das suas responsabilidades, elevando a sua eficiência.
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Linhas e objectivos da acção governativa do Governo da RAEM para o ano 2017—3. Construção de um feliz e bom lar
A fim de construir Macau como um lar feliz para toda a população, o Governo da RAEM já iniciou os trabalhos relacionados com o planeamento urbanístico. Iremos adoptar o conceito de desenvolvimento urbano integrado por ideias modernas e uma visão abrangente, para coordenar a construção urbana, planear os diversos trabalhos complementares de desenvolvimento das áreas de habitação, transportes e protecção ambiental, e bem assim fortalecer o sentido de identidade, de pertença e de bem-estar da população em geral em relação a um bom lar. (1) Definição da estratégia de desenvolvimento urbano e elaboração do plano director urbanístico Com a conclusão, no final do ano, do Estudo para Estratégia de Desenvolvimento Urbano da Região Administrativa Especial de Macau (2016-2030), serão definidos os princípios, os conceitos, os valores, a estrutura funcional e as orientações globais para o futuro desenvolvimento urbano. O Governo irá, de acordo com a Estratégia de Desenvolvimento Urbano, proceder à elaboração do plano director urbanístico, que ficará concluído em 2019. No próximo ano, e persistindo na renovação urbana, o Governo iniciará, em simultâneo, os trabalhos em duas grandes áreas: a reabilitação dos bairros antigos e a construção das novas zonas urbanas. Através da disponibilização de habitações temporárias, pretendemos criar condições para a renovação urbana. Iremos elaborar e alterar diplomas legais e serão adoptadas estratégias destinadas a ultrapassar bloqueios, retirar vantagens da experiência obtida para o desenvolvimento de futuros projectos e avançar com os projectos por zonas, para implementar, gradualmente, a reparação, a alteração ou a reconstrução dos edifícios velhos e antigos, e assim melhorar efectivamente o ambiente quotidiano e empresarial. Iremos acelerar o planeamento dos novos aterros urbanos e do desenvolvimento de algumas das suas zonas, e procurará concluir no próximo ano as obras do aterro da Zona A. Em 2017, ficará concluído o estudo preliminar relativo ao “plano de aproveitamento e desenvolvimento das zonas marítimas da Região Administrativa Especial de Macau a médio e longo prazo (2016 – 2036)”, no qual será definido um traçado completo e um esquema global relativos ao aproveitamento, ao desenvolvimento e à preservação das zonas marítimas para os próximos 20 anos. Iremos reforçar o estudo e o planeamento da gestão das áreas marítimas, e promover o desenvolvimento da economia marítima. Em paralelo, iremos concluir os trabalhos de sondagem e demarcação da orla costeira. (2) Reforço da garantia do bem-estar e melhoria da qualidade da habitação O Governo está empenhado em concretizar o objectivo político “habitação para todos, bem-estar para todos”. Iremos prosseguir a política de habitação pública assente no princípio de que a habitação social terá um papel primordial e a habitação económica um papel secundário. De modo a assegurar uma utilização racional dos recursos públicos, pretendemos elevar a eficácia e o rigor do circuito de atribuição e processos de apreciação e de aprovação das candidaturas à habitação social. Existem actualmente em Macau 47.774 fracções de habitação pública. Como plano de curto e médio prazo, iremos construir um total de cerca de 12.600 fracções de habitação pública, que abrangem a construção, já planeada, de 4.600 fracções e o projecto de habitação pública sita na Avenida Wai Long, na Taipa, cujo plano se iniciará no próximo ano e onde se prevê a construção de mais de 8.000 fracções e respectivas instalações sociais. Como plano de longo prazo, iremos construir na Zona A dos novos aterros urbanos cerca de 28.000 fracções de habitação pública. No próximo ano, será concluído o relatório final relativo ao estudo sobre a procura de habitação pública em Macau e, com base nele, será activado o plano de desenvolvimento a longo prazo para a habitação pública. Iremos tratar, em conformidade com a lei, os casos das concessões de terrenos declaradas caducadas, aumentando a transparência no uso dos terrenos. Até Setembro deste ano, e no presente mandato, já foram proferidos 38 despachos de declaração de caducidade das concessões de terrenos, que envolvem uma área que ultrapassa 400.000 m2. Iremos aperfeiçoar o mecanismo de gestão e controlo da qualidade de construção de habitações públicas. Iremos disponibilizar instalações públicas segundo uma avaliação científica, racional, equilibrada e aprofundada, para atenuar as diversas exigências da população, designadamente nas áreas da educação, saúde, recreação, trânsito e assuntos municipais. No próximo ano, será concluída a obra do centro de actividades comunitárias localizado nas habitações públicas de Seac Pai Van. A par da construção de habitações públicas, o Governo irá também dar acompanhamento, em tempo oportuno, à apreciação e aprovação dos projectos de edifícios privados destinados a habitação, promovendo o desenvolvimento saudável do mercado imobiliário. (3) Optimização do sistema de trânsito e facilitação da mobilidade O Governo dá grande relevância à atenuação do problema de trânsito. Continuaremos a melhorar a rede de autocarros com quatro tipos de carreiras: as rápidas, as que circulam apenas nas vias principais, as normais e as de ligação. Iremos rever o projecto do Regime jurídico relativo ao transporte de passageiros em automóveis ligeiros de aluguer (táxis). A partir do próximo ano, 100 táxis especiais entrarão gradualmente em circulação. Iremos executar, com o maior rigor, a política de controlo de veículos, limitando, até 3,5%, o aumento anual de veículos. Com a entrada em funcionamento do novo centro de inspecção de veículos automóveis no final deste mês, reduz-se, a partir do próximo ano, para 8 anos o prazo a partir do qual se torna obrigatória a inspecção periódica dos veículos, acelerando, assim, a eliminação de veículos velhos e antigos. No próximo ano, entrarão em funcionamento 4 auto-silos públicos, que disponibilizarão mais de 3.600 lugares de estacionamento para veículos ligeiros e motociclos. Para além disso, será criado o Sistema de Gestão e Inspecção das Instalações Rodoviárias, e regularizadas as autorizações para obras viárias, no sentido de efectuar um controlo mais rigoroso dos prazos de execução das obras. Serão basicamente concluídas, neste ano, as obras de infra-estruturas da Linha da Taipa do Metro Ligeiro. Em seguida, iniciar-se-á a fase de instalação dos equipamentos electromecânicos. No próximo ano, com o regresso à normalidade da rede viária da Taipa, iremos proceder, de forma gradual, à arborização dos arruamentos. Esperamos que em 2019 entre em funcionamento a Linha da Taipa do Metro Ligeiro. Iremos acelerar as obras da zona de administração do posto fronteiriço de Macau na ilha artificial da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau. Empenhar-nos-emos em concluir a concepção da quarta ponte Macau-Taipa no próximo ano, após o que serão iniciadas as obras. É de referir também que o Terminal Marítimo de Passageiros da Taipa entrará em funcionamento no primeiro semestre do próximo ano. Além disso, iremos valorizar as vantagens singulares do Aeroporto Internacional de Macau, de modo a promover o desenvolvimento da modalidade de transporte combinado marítimo e aéreo. (4) Empenho na construção da cidade inteligente e melhoria eficaz da gestão urbana O desenvolvimento da cidade inteligente constitui um importante rumo do futuro desenvolvimento de Macau. No próximo ano, iremos iniciar o estudo sobre Estratégias de Desenvolvimento e Planeamento Geral de Publicitação dos Dados do Governo da RAEM e o estudo sobre a aplicação dos megadados nas estatísticas do Governo, bem como lançar a Base de Dados Estatísticos sobre Turistas, promovendo a complementaridade e o aproveitamento mútuo dos dados e informações entre o Governo e a sociedade. Iremos reforçar a construção e a gestão das infra-estruturas de Internet, alargar o âmbito de cobertura das redes sem fios e promover a construção da cidade inteligente. Quanto ao reforço da segurança pública de Macau, iremos aprofundar o uso das tecnologias para intensificar o policiamento, reforçar as acções policiais da linha de frente e aumentar a eficiência da gestão. Iremos acelerar a revisão do “Regulamento Técnico de Segurança Contra Incêndios”, efectuar mais vistorias que garantam a segurança contra incêndios, criar um regime de gestão e controlo uniformizado de produtos perigosos, e reajustar as relações funcionais das entidades com intervenção nesta área. Além disso, será concluída a construção das novas instalações do Centro de Operações de Protecção Civil que funcionará 24 horas por dia, a fim de elevar a capacidade de resposta no âmbito das operações conjuntas. Para responder às necessidades decorrentes da gestão das áreas marítimas da RAEM, serão melhoradas as instalações das três bases de operação marítima, reforçando a gestão dos Serviços de Alfândega no âmbito da execução da lei e a capacidade de resposta a incidentes imprevistos. No intuito de aumentar a eficiência na passagem fronteiriça, será estudado um modelo inovador e introduzido um novo sistema automático para viaturas. Com o objectivo de atenuar os problemas de inundações nas zonas baixas do Porto Interior, o Governo está em negociações com o Interior da China relativamente à construção de uma comporta de marés. No próximo ano, será construída uma estação de águas pluviais no norte do Porto Interior de Macau, e serão realizadas as obras de remodelação da rede de drenagem das águas residuais nas zonas antigas para a separação de águas pluviais e residuais. Em simultâneo, será dada continuidade ao melhoramento da rede de esgotos da zona norte da Península de Macau e das Ilhas da Taipa e de Coloane. Será concluída a construção do novo Mercado Abastecedor de Macau e do complexo municipal do Mercado do Patane, com vista a criar condições que permitam atrair mais operadores, bem como a liberalização do mercado e a estabilização de preços. (5) Valorização da protecção ecológica e reforço do aperfeiçoamento das medidas de protecção ambiental Iremos promover a protecção ecológica, concretizando a harmonia entre o homem e a natureza, com vista a criar uma cidade internacional ideal e habitável. Iremos prosseguir a política “Redução de resíduos a partir da fonte e recolha selectiva de resíduos recuperáveis”, divulgando a importância de estilos de vida saudáveis e civilizados tais como a vida verde, a vida de baixo carbono e a redução de emissão de gases poluentes. Serão implementadas novas normas relativas aos valores-limite das emissões de gases de escape poluentes dos veículos, introduzindo e promovendo o uso de veículos eléctricos. Iremos concluir a elaboração do Plano de Gestão de Resíduos Sólidos de Macau, e rever a “Lista dos tipos de projectos sujeitos à avaliação de impacto ambiental”, bem como dar início à elaboração dos diplomas legais relativos à redução de resíduos. Iremos acelerar os trabalhos de concepção relativos à ampliação da Central de Incineração de Resíduos Sólidos de Macau, ao melhoramento da Estação de Tratamento de Águas Residuais da Península de Macau, e à construção de nova Estação de Tratamento de Águas Residuais na ilha artificial da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau. E, serão concluídas, no próximo ano, as obras de construção da rede de gasodutos nas áreas urbanas do COTAI. Iremos reforçar a cooperação regional no âmbito de protecção ambiental e a gestão concertada. De acordo com o mecanismo de cooperação sobre a disposição de materiais inertes resultantes de demolições e construções de Macau ao longo da área costeira do Interior da China, iniciar-se-ão, no próximo ano, as obras relativas ao Aterro para Resíduos de Materiais de Construção. (6) Protecção do desenvolvimento da multicultura e empenho na promoção da harmonia entre diferentes comunidades O papel de Macau enquanto cidade de convergência das culturas oriental e ocidental, funciona como uma ponte de ligação extremamente importante que liga Macau ao resto do mundo. Em cumprimento da Lei de Salvaguarda do Património Cultural, o Governo está empenhado na salvaguarda do Centro Histórico classificado de interesse cultural relevante e das respectivas zonas de protecção, e no próximo ano, será concluída a elaboração do Plano de Salvaguarda e de Gestão do Centro Histórico de Macau. Os recursos públicos serão reorganizados e plenamente aproveitados, sendo uma parte dos edifícios antigos transformada em galerias de exposições, com vista a melhorar e a ampliar os espaços culturais. Será também implementado, no próximo ano, o Programa de Subsídios à Arte da Comunidade, com vista a incentivar as associações cívicas a realizarem actividades culturais e criativas, a formar talentos para as indústrias criativas, criando assim uma atmosfera multicultural, enriquecendo a vida cultural dos cidadãos e transformando Macau numa cidade de culturas. Os macaenses e os portugueses aqui residentes sempre envidaram esforços e muito contribuíram para o desenvolvimento da RAEM, papel este que o Governo valoriza e reconhece, respeita e protege a sua cultura já instituída.
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Linhas e objectivos da acção governativa do Governo da RAEM para o ano 2017—2.Consolidação das bases de desenvolvimento económico
Para a conjuntura económica do ano 2017, pese embora o impacto dos factores incertos da economia mundial, bem como o facto de, nos últimos tempos, as diversas economias asiáticas se terem defrontado com vários desafios, encaramos com um optimismo cauteloso a perspectiva do desenvolvimento económico de Macau. De acordo com um relatório recente do Fundo Monetário Internacional, e segundo a Autoridade Monetária de Macau, prevê-se a possibilidade de, no próximo ano, a economia de Macau regressar a um crescimento positivo. (1) Sinergia e complementaridade entre as indústrias diversificadas e construção de um grande cenário de turismo e de lazer O Governo está empenhado no aumento da competitividade a nível internacional do sector do jogo, controlando a dimensão do desenvolvimento do sector, aperfeiçoando o sistema jurídico das respectivas actividades, reforçando a fiscalização das operadoras do jogo, dos promotores do jogo e seus colaboradores, promovendo o jogo responsável, com vista a impulsionar o desenvolvimento saudável do sector do jogo. O Governo continuará a fomentar os efeitos sinergéticos entre os componentes ligados e os não ligados ao jogo. Iremos incentivar as operadoras do jogo a aumentarem as aquisições de bens e serviços das pequenas e médias empresas locais, assim como promover uma maior cooperação das operadoras do jogo com os estabelecimentos de restauração locais de pequena e média dimensão com características singulares e com as empresas dos sectores cultural e criativo. Até final de Setembro de 2016, o fluxo de chegadas de visitantes a Macau ultrapassou os 22,86 milhões. Em articulação com a construção do Centro Mundial de Turismo e Lazer, o Governo da RAEM incentivará o desenvolvimento de instalações turísticas, através da adopção de políticas privilegiadas, de modo a criar condições para que as pequenas e médias empresas possam participar nessa iniciativa. Com base nas políticas definidas, daremos prioridade à promoção da construção de hotéis de classificação inferior, parques temáticos originais, centros comerciais integrados, entre outras instalações, para proporcionar aos visitantes escolhas diversificadas de alojamento e programas turísticos e de compras adequados ao turismo familiar, com vista a atrair visitantes de diferentes perfis. No próximo ano, será concluída a elaboração do Plano Geral do Desenvolvimento da Indústria do Turismo de Macau. (2) Promoção do desenvolvimento das indústrias emergentes e fomento da diversificação adequada da economia No próximo ano, o Governo irá implementar gradualmente os diversos planos de promoção do desenvolvimento das indústrias emergentes constantes do Plano Quinquenal da RAEM. Simultaneamente, será também aperfeiçoado o Sistema de Indicadores Estatísticos para o Desenvolvimento da Diversificação Adequada da Economia de Macau. O Governo reforçará a valorização das vantagens locais, acelerando a promoção das indústrias adjacentes ao sector de convenções e exposições e apoiando o sector nos concursos a nível mundial para a realização, em Macau, de mais convenções e exposições de relevância, no sentido de elevar constantemente o nível de profissionalismo e os resultados dessas actividades e atrair mais turistas de negócios de alto nível, a fim de impulsionar o desenvolvimento de mais outras indústrias e das pequenas e médias empresas locais. Envidaremos maiores esforços na promoção e no impulso das indústrias culturais e criativas, e estamos empenhados na formação de profissionais e recursos humanos da área de gestão destas indústrias, no reforço da aplicação das plataformas de informação online e na organização da participação das marcas originais das indústrias culturais e criativas de Macau em actividades promocionais internacionais. Pretendemos também criar marcas próprias de Macau e promover o desenvolvimento das empresas que fazem parte das indústrias deste ramo. Iremos investir mais recursos no Parque Científico e Industrial de Medicina Tradicional Chinesa, no âmbito da Cooperação Guangdong-Macau em Hengqin, concluindo a construção de hardware, designadamente o Edifício-Sede de Investigação e Desenvolvimento e o Edifício de Testes de Qualidade. Apoiaremos as empresas localizadas no Parque e as empresas de Macau a este associadas, com vista à divulgação dos respectivos produtos nos países de língua portuguesa, e intensificaremos a formação e a divulgação internacional da cultura da medicina tradicional chinesa. Iremos estudar o desenvolvimento do sector financeiro com características próprias, dando prioridade às actividades de locação financeira e de gestão de activos. Nesse âmbito, iremos aperfeiçoar a legislação e procurar atrair o estabelecimento em Macau de sociedades de locação financeira de grande dimensão. Iremos também impulsionar a construção da plataforma de liquidação em Renminbi nas transacções comerciais entre a China e os países de língua portuguesa. (3) Apoio ao desenvolvimento das pequenas e médias empresas e elevação da capacidade inovadora das empresas Para aumentar o dinamismo da economia de Macau, o Governo continuará a apoiar as pequenas e médias empresas no sentido de elevar a sua capacidade competitiva e inovadora. Para tanto, iremos criar o Plano de Acção para as Pequenas e Médias Empresas, bem como concretizar e optimizar as diversas medidas de apoio às pequenas e médias empresas existentes. Continuaremos a apoiar as pequenas e médias empresas na procura de recursos humanos, assegurando, em tempo oportuno, a tramitação dos pedidos de importação de trabalhadores não residentes apresentadas por essas empresas. Iremos aproveitar ao máximo os recursos comunitários existentes, impulsionando a participação das pequenas e médias empresas nas convenções e exposições e actividades festivas de grande dimensão, e, a par de manter as características tradicionais, pretendemos incentivar a introdução de mais elementos inovadores. Iremos incentivar as pequenas e médias empresas a explorarem os mercados online e do comércio electrónico, para elevarem o seu dinamismo de desenvolvimento. Através da integração de informações, entre outros meios, pretendemos encaminhar os turistas para os bairros comunitários incrementando o consumo turístico nestas zonas. Iremos lançar estudos sobre a criação do sistema de Lojas Certificadas Online, com vista a proteger os direitos e interesses dos consumidores. Envidaremos os maiores esforços para apoiar os jovens na criação de negócios e na inovação, empenhando-nos na promoção da cooperação do Centro de Incubação de Negócios para os Jovens com as organizações associativas e as instituições cívicas. Iremos alargar o âmbito de aplicação do Plano de Apoio a Jovens Empreendedores, para aperfeiçoar ainda mais os serviços de apoio complementares destinados ao empreendedorismo juvenil. Estimularemos os jovens a participarem na cooperação regional, ampliando o seu espaço de desenvolvimento para a criação de negócios. (4) Garantia do acesso prioritário dos residentes ao emprego e reforço da regulamentação do mercado de trabalho O Governo está empenhado em garantir os direitos e interesses dos trabalhadores locais, persistindo no princípio de que a importação de trabalhadores não residentes visa somente suprir a insuficiência de recursos humanos locais, bem como, neste mandato, na posição de não importação de croupiers não residentes. Iremos apreciar e aprovar, de forma rigorosa, os pedidos de trabalhadores não residentes, aperfeiçoar o mecanismo de saída de trabalhadores não residentes e combater o trabalho ilegal, de forma a garantir o acesso prioritário dos residentes ao emprego. Iremos promover o aumento, até 85%, de trabalhadores locais na ocupação dos quadros de gestão de nível médio e superior das empresas operadoras do jogo, de modo a promover a sua ascensão profissional. Iremos aperfeiçoar os diplomas legais da área do trabalho e do emprego, no sentido de garantir os direitos e interesses legítimos dos trabalhadores. Nesta senda, iremos rever a Lei das relações de trabalho, tratando, prioritariamente, as matérias relativas à licença de paternidade remunerada e à sobreposição do descanso semanal com dias de feriado obrigatório. Iremos acompanhar em tempo oportuno a aplicação do regime jurídico sobre o salário mínimo para os trabalhadores de limpeza e de segurança, com vista a criar uma base para a plena implementação do salário mínimo. Iremos continuar a incentivar as operadoras do jogo e as empresas de grande dimensão a proporcionarem aos trabalhadores locais formação remunerada, abrindo cursos de formação profissional adequados às exigências do desenvolvimento económico. Iremos acelerar a criação do regime de certificação profissional e de testes de técnicas profissionais. De igual modo, iremos estimular os residentes a obterem certificados de nível superior ao que já possuam e alargar o leque dos cursos de certificação para os sectores do jogo e do turismo e das indústrias emergentes. (5) Aprofundamento da cooperação regional e integração no desenvolvimento nacional O Governo da RAEM irá potenciar ao máximo as vantagens do princípio “um País, dois sistemas”, recorrendo às suas características próprias e singulares para participar activamente na cooperação regional, no sentido de beneficiar empenhadamente da complementaridade de vantagens e ganhos mútuos, do engrandecimento dos resultados da cooperação e da elevação da competitividade regional. A iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota” constitui uma medida estratégica nacional de grande importância, tendo o Plano Quinquenal da RAEM definido a participação na construção dessa iniciativa como uma estratégia de desenvolvimento. O Governo criou uma comissão de trabalho especializada, liderada pelo Gabinete do Chefe do Executivo, responsável pela coordenação dos trabalhos da participação de Macau na iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”. Iremos aproveitar ao máximo as medidas de apoio concedidas a Macau pelo Governo Central relativas à participação na construção da estratégia “Uma Faixa, Uma Rota”, que incluem essencialmente: o alargamento do âmbito da cooperação referentes a serviços financeiros; a exportação de serviços de ponta utilizando vantagens técnicas; a estimulação do diálogo económico-comercial a partir das vantagens geográficas; a promoção da comunhão entre povos tendo como foco o intercâmbio humano; o emprego das sinergias para aprofundar a cooperação regional, entre outras. O Governo irá aproveitar activamente as novas oportunidades, promovendo, de forma pragmática, os diversos trabalhos, a fim de impulsionar a diversificação adequada da economia e aumentar a competitividade integral. Continuaremos a implementar activamente o Acordo-Quadro de Cooperação Guangdong-Macau, tirando o melhor proveito das oportunidades derivadas da criação da Zona de Comércio Livre de Guangdong, designadamente para promover a construção do Parque Industrial de Cooperação Guangdong-Macau em Hengqin, recomendando o desenvolvimento de mais projectos. Iremos tirar pleno partido das políticas preferenciais do Acordo de Estreitamento das Relações Económicas e Comerciais entre o Interior da China e Macau (Acordo CEPA), impulsionando ainda mais a liberalização do comércio de serviços entre Macau e o Interior da China. Envidaremos todos os nossos esforços para intensificar a construção das infra-estruturas transfronteiriças de grande envergadura, como a Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau e o novo acesso entre Guangdong e Macau. Aprofundaremos a cooperação económica e comercial transregional com a zona Hengqin de Zhuhai, a zona Nansha de Guangzhou e as cidades de Zhongshan, Jiangmen e Shenzhen. No corrente ano, recebemos o aval do Governo Central para o projecto de viagens individuais em barcos de recreio entre Macau e Zhongshan e, com esta base, pretendemos alargar gradualmente este projecto a outras três áreas da Zona de Comércio Livre de Guangdong: Nansha, Hengqin e Qianhai. Relativamente à estratégia de cooperação regional, iremos proceder à respectiva coordenação e planeamento, com vista a expandir, de forma programada, o espaço de desenvolvimento para a RAEM. Assim, na esfera económica do Delta do Rio das Pérolas, iremos aprofundar continuadamente a cooperação com as províncias e regiões da Região do Grande Delta do Rio das Pérolas (conhecidas por “9+2”); na esfera económica do Delta do Rio Yangtze, iremos impulsionar ordenadamente o desenvolvimento dos trabalhos preparatórios do Parque de Cooperação entre Macau e Jiangsu; e na esfera económica da região Pequim-Tianjin-Hebei, iremos expandir a cooperação entre Macau e Pequim e entre Macau e Tianjin, empenhando-nos na criação da marca “Parceria de Cooperação Macau-Pequim”. A par disso, iremos também explorar o intercâmbio e a cooperação entre Macau e as regiões industriais tradicionais, localizadas nas regiões Centro-Oeste e Nordeste do Interior da China. De igual modo, iremos melhorar constantemente o mecanismo de comunicação entre Hong Kong e Macau e maximizar as funções da Delegação Económica e Cultural de Macau em Taiwan.
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Linhas e objectivos da acção governativa do Governo da RAEM—1. Implementação das políticas e medidas relacionadas com a vida dos cidadãos
Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, Passo agora à apresentação das linhas e dos objectivos da acção governativa para o ano 2017. No próximo ano, a acção governativa do Governo da RAEM será orientada pelo lema “Implementação Progressiva do Planeamento, Construção Conjunta de um Bom Lar”, e iremos implementar os objectivos da nossa acção de forma dinâmica e estável. 1. Implementação das políticas e medidas relacionadas com a vida dos cidadãos O Governo da RAEM sempre deu prioridade aos trabalhos relacionados com a vida dos cidadãos. No próximo ano, continuaremos a empenhar todos os esforços na implementação das medidas relacionadas com o bem-estar da população, no aperfeiçoamento do regime de garantias para a vida dos cidadãos, na elevação da qualidade de vida da população e na materialização da compartilha dos frutos do desenvolvimento económico. (1) Aperfeiçoamento do sistema de segurança social e implementação das medidas em benefício do bem-estar dos cidadãos Continuaremos a aperfeiçoar, de forma coordenada e atendendo às perspectivas gerais do desenvolvimento, o sistema de segurança social de Macau através de três áreas: o fundo de segurança social, a assistência social e os benefícios sociais. Serão também adoptadas políticas e medidas de curto, médio e longo prazo com vista à consolidação contínua do bem-estar dos cidadãos. No ano de 2017, continuaremos a acompanhar o processo legislativo do Regime de Previdência Central Não Obrigatório. Pretendemos consolidar e aperfeiçoar o sistema de apoio social. Propomo-nos continuar a atribuir às famílias beneficiárias do subsídio do apoio financeiro uma prestação adicional única, de valor correspondente ao montante total do subsídio. O Governo continuará a atribuir apoios especiais e o subsídio especial aos três tipos de famílias em situação vulnerável. Será dada continuidade à implementação da isenção progressiva de renda às famílias arrendatárias de habitações sociais, e mantida a atribuição de abono de residência aos agregados familiares da lista de espera de habitação social que preencham os requisitos. Propomo-nos, em Janeiro de 2017 e de acordo com o mecanismo de avaliação, manter o valor do índice mínimo de subsistência em 4.050 patacas, e pretendemos dar continuidade ao Plano de Apoio Alimentar de Curto Prazo. Relativamente ao apoio aos idosos, serão mantidos os valores da Pensão para Idosos e do Subsídio para Idosos, respectivamente em 3.450 patacas e em 8.000 patacas. Será dada continuidade à concessão, por ano lectivo, do “subsídio para pagamento de propinas” aos estudantes provenientes de famílias com dificuldades económicas: 4.000 patacas para cada estudante dos ensinos infantil e primário, 6.000 patacas para cada estudante do ensino secundário geral, e 9.000 patacas para cada estudante do ensino secundário complementar. Continuaremos a atribuir, por ano lectivo, o “subsídio de aquisição de material escolar”: 2.200 patacas para cada estudante dos ensinos infantil e primário, e 2.900 patacas para cada estudante do ensino secundário. O “subsídio de alimentação”, no montante de 3.400 patacas, será igualmente atribuído por ano lectivo a cada estudante. O Governo continuará a apoiar as pessoas com baixos rendimentos. Será dada continuidade à concessão da subvenção de rendimentos, até ao montante mensal de 5.000 patacas, aos trabalhadores por conta de outrem, a tempo inteiro, com baixos rendimentos e que reúnam os requisitos. Continuaremos a dinamizar o Projecto de Serviço sobre Vida Positiva e o Plano de Apoio Comunitário ao Emprego, para elevar o nível de independência dos indivíduos em situação vulnerável. O Governo tem continuado a empenhar-se no melhoramento da vida dos portadores de deficiência, assegurando-lhes a igualdade de participação na vida social e demonstrando-lhes, assim, todo o carinho. No próximo ano, serão mantidos os montantes anuais do Subsídio de Invalidez Normal e do Subsídio de Invalidez Especial respectivamente em 8.000 patacas e 16.000 patacas, bem como o montante mensal do Subsídio Provisório de Invalidez em 3.450 patacas. Propomo-nos atribuir, mensalmente, um subsídio complementar aos rendimentos de trabalho, no valor de até 5.000 patacas, aos indivíduos portadores de deficiência qualificados que sejam trabalhadores por conta de outrem. Será concedida, aos empregadores de trabalhadores deficientes, a dedução à colecta do imposto complementar de rendimentos ou do imposto profissional, no valor de 5.000 patacas por cada um desses trabalhadores contratados. O Governo irá proceder à revisão de medidas em benefício do bem-estar dos cidadãos, e em simultâneo, equacionar a transformação de parte das medidas provisórias em medidas permanentes. Pretendemos manter o Programa de Comparticipação Pecuniária, e propomo-nos atribuir, em 2017, o montante de 9.000 patacas a cada residente permanente e o montante de 5.400 patacas a cada residente não permanente. De acordo com a lei que regula as “Contas Individuais de Previdência”, cada residente permanente de Macau qualificado tem direito a uma verba de activação de 10.000 patacas, injectada pelo Governo na sua conta individual, e propomo-nos, no próximo ano, continuar a injectar na conta individual de cada residente uma verba adicional de 7.000 patacas, proveniente do saldo orçamental. Daremos continuidade ao “subsídio para a aquisição de manuais escolares”, mantendo os valores em 2.000 patacas, para cada estudante do ensino infantil, em 2.600 patacas, para cada estudante do ensino primário, e em 3.000 patacas, para cada estudante do ensino secundário. Daremos continuidade à concessão do subsídio de propinas, num montante até 4.000 patacas, para cada estudante qualificado de Macau que frequente o ensino secundário complementar, e num montante até 6.000 patacas para cada estudante qualificado de Macau que frequente o ensino infantil em algumas cidades da Província de Guangdong, alargando a cobertura geográfica do subsídio para integrar as cidades de Shenzhen e de Dongguan. Continuaremos a conceder o “subsídio de aquisição de material escolar”, no montante de 3.000 patacas, aos estudantes de Macau que estejam a frequentar cursos de ensino superior e de pós-graduação. Será lançada a terceira fase do Programa de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento Contínuo, devidamente aperfeiçoado, com a duração de três anos, concedendo a cada residente de Macau que complete 15 anos de idade o respectivo subsídio do aperfeiçoamento contínuo no montante de 6.000 patacas. Pretendemos, também, manter o Programa de Comparticipação nos Cuidados de Saúde, com o valor de 600 patacas para cada residente permanente de Macau. Daremos, ainda, continuidade à atribuição da subvenção do pagamento das tarifas de energia eléctrica às unidades habitacionais, no montante de 200 patacas por mês por cada unidade habitacional. Será dada continuidade à atribuição do benefício de tarifas de autocarro, destinado aos idosos, estudantes, cidadãos portadores de deficiência e a toda a população, e mantida a subvenção do pagamento das tarifas de água aos consumidores. Com a aplicação das subvenções e comparticipações acima mencionadas, o Governo prevê despesas na ordem dos 12.352 milhões de patacas. Continuarão a ser adoptadas medidas de redução e isenção fiscal, designadamente a manutenção em 600.000 patacas do valor da matéria colectável a beneficiar de isenção de imposto complementar de rendimentos; a isenção do pagamento da contribuição industrial, da taxa de licença de exploração dos vendilhões, da renda das bancas dos mercados, da taxa de inspecção sanitária dos produtos frescos e animais vivos, do imposto do selo sobre as apólices de seguro, incluindo o seguro de vida e do imposto do selo sobre as operações bancárias; a isenção da taxa da licença de reclames e tabuletas das unidades comerciais; a isenção do imposto de turismo dos estabelecimentos de restauração; a isenção da contribuição predial urbana para residentes de Macau até 3.500 patacas; a isenção do pagamento do imposto do selo sobre os bilhetes de entrada e de assistência pessoal a espectáculos, exposições e diversões. Os residentes permanentes de Macau que não possuam imóveis e que venham a adquirir a primeira habitação continuarão a beneficiar da isenção do pagamento do imposto do selo sobre a transmissão do imóvel relativamente à respectiva unidade habitacional, até 3 milhões de patacas do valor da propriedade. No próximo ano, será mantida a redução de 30% no imposto profissional, com o limite de isenção em 144.000 patacas. O Governo prorrogará a medida de devolução de 60% do imposto profissional referente ao corrente ano aos residentes de Macau que efectuaram o pagamento do imposto, com o limite máximo de devolução de 12.000 patacas, a ter lugar em 2018, com vista a aliviar o encargo do grupo social de rendimentos médios. Com a aplicação das referidas medidas de isenção e redução de taxas e impostos e de devolução de imposto, o Governo da RAEM deixará de receber receitas fiscais no valor aproximado de 3.320 milhões de patacas. (2) Promoção da harmonia familiar e tratamento do envelhecimento populacional O Governo está empenhado na construção de uma estratégia de desenvolvimento demográfico completa, na promoção da harmonia familiar, na salvaguarda da saúde das mulheres e das crianças, na promoção de nascimentos saudáveis e de um aumento da taxa de natalidade. Em 2017, serão proporcionadas mais de 7.000 vagas nas creches destinadas às crianças de 2 anos, esperando satisfazer, assim, basicamente, as necessidades da sociedade. Além disso, pretendemos promover as medidas de apoio à amamentação. A “Lei de prevenção e combate à violência doméstica” entrou em vigor, e o Governo continuará a promover acções de sensibilização e de generalização desta lei, prestar assistência e serviços de apoio comunitário aos membros do agregado familiar vítimas de violência doméstica, e criar mais um centro de acolhimento e mais um centro de serviço comunitário integrado e familiar. O Governo continuará a orientar a sociedade para em conjunto enfrentar a problemática do envelhecimento. Será promovido o conceito “idosos com vitalidade”. Pretendemos proporcionar serviços de cuidados “one stop” para reforçar os serviços de apoio aos idosos fisicamente fragilizados, e de apoio domiciliário a idosos. Nas ilhas, serão criadas as primeiras instalações integradas para a prestação de cuidados a idosos. Também pretendemos optimizar os serviços especializados e de consulta externa de cuidados de saúde para os idosos, aperfeiçoar os cuidados integrados de tratamento e reabilitação prestados por grupos multidisciplinares, e minimizar o impacto de doenças crónicas neste grupo etário. Será também criada uma rede eficaz de assistência médica e de serviços comunitários para os doentes que sofrem de demência. (3) Construção de uma “Macau Saudável” e elevação do nível de saúde Em consonância com a estratégia nacional da “China Saudável”, e para responder às actuais exigências do desenvolvimento social, iremos trabalhar com base no conceito “Cidade Saudável” para a construção de uma “Macau Saudável”, designadamente, nas vertentes da assistência médica na saúde, da medicina tradicional chinesa, da prática desportiva pela população, e da segurança alimentar, com vista a que os cidadãos possam viver uma vida saudável. No âmbito da assistência médica, o Governo, imbuído do princípio governativo “Tratamento eficaz em que se privilegia a prevenção”, irá optimizar a rede dos cuidados de saúde primários, já classificada como modelo exemplar pela Organização Mundial da Saúde, e irá reforçar a cooperação e a complementaridade com as instituições privadas de saúde e sem fins lucrativos, com vista a elevar a qualidade dos serviços médicos. Pretendemos aperfeiçoar o processo de gestão de saúde personalizado, e implementar o programa piloto sobre o “Sistema de Registo de Saúde Electrónico”. O inquérito sobre o estado de saúde da população, concluído neste ano, entrou já na fase de análise e proporcionará fundamentos científicos para a elaboração de políticas relativas a serviços de cuidados de saúde. Iremos também aperfeiçoar a avaliação integrada sobre o desenvolvimento infantil, e estabelecer uma base de dados que permita identificar não só os obstáculos ao desenvolvimento infantil, como os cuidados de intervenção precoce a adoptar. Será também criado um mecanismo de coordenação e distribuição de recursos relativos aos cuidados de intervenção precoce. Continuaremos a optimizar a intervenção dos grupos especializados de assistência multidisciplinar e iremos acompanhar o trabalho legislativo referente ao “Regime legal da qualificação e inscrição para o exercício da actividade dos profissionais de saúde”, no qual se introduzirão os mecanismos de aperfeiçoamento profissional contínuo e de exame de qualificação profissional. Pretendemos acelerar as obras das infra-estruturas do sistema de saúde, incluindo as obras de construção do Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas e do Edifício de Especialidade de Saúde Pública, bem como as obras de ampliação da rede dos cuidados de saúde primários. No próximo ano, dar-se-á início às obras de remodelação do Centro de Saúde do Bairro da Ilha Verde, e serão concluídas as obras de construção do Hospital de Reabilitação de Ká-Hó, em Coloane. Pretendemos promover a medicina tradicional chinesa e impulsionar a generalização desta medicina e seus medicamentos junto dos bairros comunitários. Em 2017, pretendemos concluir a elaboração dos diversos critérios relativos aos produtos alimentares, que permitirão criar as bases para o estabelecimento de um sistema de critérios da segurança alimentar de Macau. Os resultados da terceira “Avaliação da Condição Física da População de Macau” mostram que o nível geral da condição física dos cidadãos de Macau melhorou significativamente nos últimos cinco anos. Continuaremos a desenvolver actividades diversificadas do desporto para todos, e será concluída a construção de uma “Plataforma das Orientações de Educação para a Saúde dos Alunos dos Ensinos Primário e Secundário de Macau”. Será ainda optimizada a estrutura de equipas do desporto de alto rendimento para estabelecer um sistema de gestão do desporto de alto rendimento e de treino desportivo, adaptada à realidade de Macau. A par disso, iremos proceder à análise dos dados relativos à prática desportiva, per capita, com vista ao planeamento científico das instalações desportivas de Macau. (4) Aperfeiçoamento do sistema de ensino e aceleração da formação de talentos A proposta de lei do “Regime do ensino superior” está a ser debatida na especialidade pela Assembleia Legislativa, e também está em curso a elaboração dos diversos diplomas legais complementares. Os planos de desenvolvimento de médio e longo prazo do ensino superior estão a ser elaborados de forma programada. Pretendemos impulsionar a revisão do Estatuto das Escolas Particulares. Será promovida a revisão do diploma legal do ensino especial, e melhorado o sistema dos cursos deste ensino. Pretendemos também criar uma modalidade de ensino técnico-profissional apropriada ao desenvolvimento de Macau. Os jovens são a força motriz da nossa sociedade, representando o futuro de Macau. O Governo dará continuidade à promoção das diversas medidas de apoio ao crescimento e ao desenvolvimento dos jovens. No próximo ano, será divulgado o resultado da revisão intercalar da Política de Juventude de Macau (2012-2020), com vista ao seu aperfeiçoamento. Com base no êxito do “Programa Mil Talentos”, iremos reforçar os trabalhos de coordenação, organização e selecção de jovens de excelência para participarem em acções de estudo e de intercâmbio no Interior da China, que permitam o alargamento da visão e da capacidade dos jovens, incentivando-se o seu amor pela Pátria e por Macau. Será implementada a estratégia prioritária da formação de talentos, nomeadamente a formação de elites, de quadros qualificados e especializados, e de quadros técnico-profissionais. No âmbito do ensino superior, e com a colaboração de estabelecimentos educativos e instituições estrangeiros de renome, pretendemos seleccionar alunos e pessoal docente e de investigação, jovens e de excelência, dos estabelecimentos de ensino superior de Macau, para participarem em acções de intercâmbio, de aprendizagem e de estágio nos países estrangeiros. Pretendemos estabelecer um programa de formação de quadros profissionais de língua portuguesa, e reforçar o intercâmbio e a colaboração com os talentos do Interior da China e dos países de língua portuguesa. Será ainda implementado o projecto “Financiamentos Especiais para a Formação de Quadros Qualificados Bilingues em Chinês e Português e para a Cooperação do Ensino e da Investigação das Instituições do Ensino Superior de Macau”, proporcionando assim condições para que Macau se transforme numa base de formação de talentos bilingues em chinês e português. Iremos impulsionar e apoiar o desenvolvimento profissional de quadros qualificados nos diversos sectores. Será elaborada pela Comissão de Desenvolvimento de Talentos uma lista que identifique a escassez de talentos, e desenvolvido o estudo da procura de talentos no sector financeiro e no sector da construção, proporcionando assim informações de referência que permitam a promoção da sua ascensão profissional ou a sua mobilidade horizontal. A par disso, daremos continuidade à implementação do “Programa Piloto do Regresso a Macau no Curto Prazo de Talentos de Macau no Exterior”, no sentido de atrair o regresso a Macau de talentos residentes no Exterior.
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Relatório das Linhas de Acção Governativa para o Ano Financeiro de 2017 —Introdução
Senhor Presidente da Assembleia Legislativa, Senhoras e Senhores Deputados, Venho hoje, em nome do Governo da Região Administrativa Especial de Macau e em cumprimento do artigo 65.o da Lei Básica de Macau, apresentar as Linhas de Acção Governativa para o Ano Financeiro de 2017 a esta nobre Assembleia. O ano 2016 foi um ano de sucesso para o Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) no que respeita ao planeamento para o seu futuro desenvolvimento. O Décimo Terceiro Plano Quinquenal para o Desenvolvimento Social e Económico Nacional veio, uma vez mais, evidenciar o estatuto especial e a função de Macau no contexto do desenvolvimento geral do País. O Governo da RAEM, com base nos trabalhos de planificação e após uma ampla auscultação dos sectores sociais e da população em geral, elaborou o primeiro plano quinquenal da história de Macau, o “Plano Quinquenal de Desenvolvimento da Região Administrativa Especial de Macau (2016-2020)”, e criou um mecanismo de fiscalização, avaliação e ajustamento, ficando, assim, definidos os objectivos, o caminho e as perspectivas a seguir por Macau no sentido de desenvolver as suas vantagens únicas na estratégia de desenvolvimento do País e de promover a construção de “Um Centro, Uma Plataforma”. Durante o ano 2016, embora a economia de Macau se tenha mantido numa fase de ajustamento profundo, a conjuntura geral continua a apresentar estabilidade. A taxa de desemprego mantém-se num nível de 1,9%, a inflação apresenta uma descida e as finanças públicas mantêm-se estáveis, prevendo-se registarem um saldo positivo. Até finais de Setembro de 2016, a reserva financeira da RAEM apresentava uma reserva básica de 132.824 milhões de patacas e uma reserva extraordinária de 306.115 milhões de patacas. O saldo orçamental do ano financeiro de 2015 foi de 29.299 milhões de patacas e, findo o processo de liquidação, o montante global da reserva extraordinária irá atingir os 335.414 milhões de patacas, contabilizando, assim, a reserva financeira um montante global de 468.238 milhões de patacas, enquanto que a reserva cambial irá atingir os 154.976 milhões de patacas. O Governo tem vindo a implementar sólidas políticas financeiras e a observar persistentemente o princípio de manutenção das despesas dentro dos limites das receitas, nos termos da Lei Básica de Macau, consolidando e reforçando os cinco mecanismos eficientes de longo prazo e das diversas medidas de melhoramento da vida da população. O Governo da RAEM criou a Comissão para o Desenvolvimento da Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, presidida pelo Chefe do Executivo. No mês passado, aquando da sua visita a Macau, o Senhor Primeiro-Ministro Li Keqiang proferiu um discurso na cerimónia de abertura da 5.a Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau), testemunhou a cerimónia do Lançamento do Projecto do Complexo da Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, e anunciou 19 importantes medidas e políticas de apoio do Governo Central a Macau, e 18 novas medidas de reforço e aprofundamento da cooperação económica e comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, injectando um novo dinamismo na construção de “Um Centro, Uma Plataforma” por Macau. O Governo criou a Comissão de coordenação da gestão e do desenvolvimento da área marítima, dirigida pelo Chefe do Executivo, com vista a acelerar a gestão e o aproveitamento dos 85 km2 de área marítima. Simultaneamente, foi dado início ao estudo relativo ao “plano de aproveitamento e desenvolvimento das zonas marítimas da Região Administrativa Especial de Macau a médio e longo prazo (2016-2036)”. A construção das estruturas principais das 11 estações da Linha da Taipa do Metro Ligeiro e dos viadutos com 9,3 km de extensão está basicamente concluída. O Governo efectuou a revisão intercalar do sector do jogo, preparando-se para a próxima etapa de revisão e aperfeiçoamento dos respectivos diplomas legais, lançando bases sólidas para o aperfeiçoamento do mecanismo de fiscalização e controlo. Foram basicamente concluídos os trabalhos da 1.ª fase da reorganização de funções e estruturas da Administração Pública, tendo ficado resolvida a questão da sobreposição de competências de alguns serviços públicos. O Governo alargou o âmbito da cooperação regional, tendo formado quadros de cooperação com as três grandes esferas económicas nomeadamente do Delta do Rio das Pérolas, do Delta do Rio Yangtze e de Pequim-Tianjin-Hebei, estabelecendo, deste modo, relações de cooperação em múltiplos níveis, formas e vertentes, com o Interior da China. Os trabalhos desenvolvidos e os resultados alcançados pelo Governo estão associados ao apoio do Governo Central, bem como à participação de todos os residentes de Macau. É certo que existem não poucos trabalhos que estão ainda aquém das expectativas dos residentes. Entretanto nós temos a coragem de assumir as responsabilidades e os desafios para, em conjunto com todos os residentes de Macau, promover o desenvolvimento a passos estáveis dos diversos trabalhos.
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Reforço da cooperação regional para promover a resolução dos problemas de inundações
Dado que a zona marginal do Porto Interior de Macau é uma zona baixa, é fácil ocorrerem em algumas ruas inundações causadas pelo refluxo de água do mar durante a época de marés de tempestade, o que afecta a vida quotidiana dos moradores e as actividades económicas da zona. Deste modo, vários membros de Macau no Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês e deputados de Macau à Assembleia Popular Nacional apresentaram uma proposta conjunta, na qual manifestaram o desejo de reforçar a cooperação entre a Província de Guangdong e Macau, a fim de resolver os problemas de inundações do Porto Interior através da construção de barragem de marés. Para o efeito, a Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) incumbiu o Instituto de Estudo Científico da Comissão de Recursos Hídricos do Rio das Pérolas de elaborar o “Estudo da viabilidade da construção da “Barragem de Marés” no Porto Interior de Macau” e o “Relatório do Plano geral da comporta de retenção de marés e do sistema de escoamento de água na zona marginal do Porto Interior de Macau”, no sentido de estudar, respectivamente, a viabilidade de construir uma barragem de marés na foz do Canal Wanzai e métodos para resolver os problemas de inundações do Porto Interior com base na situação de Zhongshan e de Zhuhai. A resolução dos problemas de inundações do Porto Interior implica uma cooperação a nível regional. Nos últimos anos, o Governo da RAEM tem-se empenhado na elaboração do estudo preliminar sobre a construção de uma barragem de marés, realizado reuniões de trabalho e organizado visitas in loco com os respectivos serviços públicos e com entidades especializadas da China Continental através do mecanismo de cooperação com a Província de Guangdong e entre Zhuhai e Macau. O projecto faz parte dos trabalhos de 2016 do Acordo-Quadro de Cooperação Guangdong-Macau. No final do ano passado, Macau obteve a jurisdição de uma área marítima de 85 km2, o que foi favorável para a resolução dos problemas de inundações do Porto Interior. A Administração está a proceder a um estudo aprofundado sobre a construção de uma barragem de marés e a vários estudos especializados e continua empenhado em conseguir um consenso com as zonas vizinhas o mais breve possível mediante o reforço da cooperação regional.
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